Produtividade em área de sequeiro em Alagoas cai para 30 toneladas de cana por hectare
30-03-2017

Cada vez mais, a cultura canavieira no Nordeste depende de irrigação

 As secas provocadas pelo fenômeno climático El Niño já contribuíram para reduzir sete safras de cana-­de-açúcar na Zona da Mata, nos últimos 24 anos. Isso significa que foram 14 anos de estiagem nesse período.

 Entre as safras comprometidas pela seca está a do ciclo 2016/17, que deve finalizar ser finalizada nos próximos dias, e que de acordo com dados da Datagro Consultoria, a safra Nordestina deve fechar em 45,7 milhões de toneladas das entidades do setor, deve registrar uma quebra de 20% em relação à safra 2015/16

 Nos últimos cinco anos, pelo menos seis das 24 usinas de Alagoas, estado maior produtor do Nordeste, fecharam as portas e não abriram mais. A lista inclui Laginha, Guaxuma, Capricho, Porto Alegre, Sinimbu, Roçadinho e Triunfo. A Uruba, depois de fechada, foi reaberta por uma cooperativa. Nesse período, a safra de cana-de-açúcar de Alagoas despencou. A média de produção do estado, que era de 28 milhões de toneladas por ciclo, caiu para 16 milhões de toneladas. E pode cair mais.

 A produtividade nas áreas de sequeiro, em sua maioria em terras de produtor de cana, está com a média de 30 toneladas por hectare, o normal é em torno de 60 toneladas por hectare. Só quem conta com irrigação para alcançar uma média razoável e, assim, se manter na atividade canavieira.

 O Nordeste, que já foi o maior produtor de cana do Brasil, hoje representa menos de 10% da produção total do país. Lá, as chuvas e a cana minguam cada vez mais.

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