Produtor conta os segredos que o levaram a melhorar os rendimentos operacionais e reduzir os custos de produção
19-04-2017

Mudança do layout dos talhões, diminuição da mão de obra e alterações no espaçamento foram algumas das soluções encontradas por Luiz Carlos Dalben

 Na Agrícola Rio Claro, a mão de obra é o item mais custoso, representando 31,4% dos gastos. Em seguida vem o diesel (14,54%), a manutenção (12,48%), os fertilizantes (11,54%), o imobilizado (8%) e os defensivos (07,76%). “Por conta disso, tudo que podemos reduzir de mão de obra, nós fazemos”, salientou Luiz Carlos Dalben, diretor da Agrícola Rio Claro, em sua palestra no 19° Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar, realizado pelo Grupo IDEA, nos dias 29 e 30 de março, em Ribeirão Preto, SP.


Uma das atitudes tomadas pelo diretor, para atenuar este problema foi a montagem de um trator de catação química, desenvolvido em parceria com diversas empresas, e que possibilitou a retirada de 15 rurícolas do trabalho costal.

Outra prática adotada por Dalben foi a conservação e preparo do solo, através da mudança de layout dos talhões. “Antes, perdíamos muito tempo manobrando. Pensando nisso, passamos a utilizar programas para modificar os talhões. Ganhamos em todas as operações. Nossa área de plantio foi aumentada em 15%, sendo que o número de manobras e das horas de máquinas foi diminuído. Além disso, acabou o problema de erosão.”

O espaçamento também foi um item alterado pelo produtor, que passou a utilizar o de 1,40m x 0,50m em função de dois motivos principais: reduzir o pisoteio e pelo fato de que, por contar com 86% de ambientes E e D, no espaçamento de 1,50m a cana, a partir do segundo ou terceiro corte, não fecha. “Essa mudança acarretou grandes benefícios, como 27% menos tráfego na mesma área, tráfego compatível com bitolas convencionais, custo de colheita menor, maior área para infiltração de águas de chuvas e melhor proteção de solo, pois agora temos 10.500m lineares de plantas.”

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