RIDESA desenvolve pesquisa para dois tipos de cana-energia
31-08-2015

Clivonei Roberto

Segundo o pesquisador Antonio Ribeiro, do Programa de Melhoramento Genético de Cana da UFSCar, a Rede Interuniversitário para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA) está bastante voltada ao estudo da cana-energia, principalmente na UFAL (Universidade Federal de Alagoas), que tem trabalhado e selecionado material para cana-energia – tipo 1 (com o mesmo teor de sacarose, mas com pouco mais de fibra, muito parecida com a cana convencional), e a cana energia tipo 2 (tem aumento expressivo de porcentagem de fibra, diminuindo açúcar – voltada totalmente à produção de biomassa).

“A UFAL está bem adiantada. Tem clones muito bons. Estão sendo testados em diferentes estados e universidades que compõem a rede, fazendo trabalho de cruzamento – cruzamentos direcionados a cana-energia”, informa Ribeiro. O pesquisador conta que em São Paulo o estudo sobre cana-energia também acontece, tanto no Centro de Ciências Agrárias da UFSCar, em Araras, como na estação experimental de Valparaíso, no oeste do estado, que conta com campo de seleção e irá receber clones da UFAL.

Os estudos com a cana-energia no estado de São Paulo, verificam números, acompanhamento de fase tecnológica e o comportamento na indústria. “Ainda a percepção é visual, mesmo assim, quando comparado com a cana que conhecemos, parece ser muito promissor. É material muito vigoroso, perfilhado, com sistema radicular bastante agressivo”, diz Ribeiro.


O desempenho da cana-energia da Ridesa ainda está em fase de estudo, mas Ribeiro adianta que os resultados são muito bons, bastante representativos, tanto em produção de fibra por área, como por longevidade. “Prevemos que clones novos tenham possibilidade de dez, doze cortes, mantendo produção elevada, trazendo custo-benefício muito bom para as empresas que utilizarem”.
Em relação às pragas, Ribeiro conta que a o material mostra ser mais resistente, inclusive a broca. Quanto a doenças, o que pode ser analisado até o momento, é o surgimento do carvão, mas não houve incidência de ferrugens ou outras doenças nos materiais até agora selecionados.

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