Setor pede mais prazo para enlonamento de caminhão canavieiro passar a ser obrigatório
26-08-2016

Não há tempo hábil para colocar dispositivo para facilitar a cobertura em mais de 20 mil “gaiolas” de cana

O Código de Trânsito Brasileiro obriga o uso de lonas ou telas para cobrir as cargas que circulam pelas rodovias do país. A resolução vale para produtos a granel, transportados sem embalagem, como materiais de construção, frutas e legumes.

E a partir de 1 de setembro, a obrigatoriedade do enlonamento passa a vigorar também para os caminhões canavieiros que circulam em rodovias. A partir desta data, os caminhões canavieiros deixam de ser autorizados a circular pelas rodovias municipal, estaduais e federais, sem o uso obrigatório da lona ou tela. A resolução determina multa para a infração.

Wilson Agapito, presidente do Grupo de Mecanização do Setor Sucroenergético (GMEC), diz que, segundo levantamento realizado pela empresa Randon, foram comercializadas no Brasil, 40 mil “gaiolas” canavieiras - as caixas que recebem a cana e formam o rodotrem - e pelo menos 23 mil estão em funcionamento. Agapito observa que, devido à grande quantidade, o setor ainda não teve tempo hábil para adaptar nas gaiolas dispositivos que facilitem ou realizam o enlonamento.

“Para se enquadrarem à lei, as usinas e empresas agrícolas estão se virando de várias formas, desde lançarem a corda para segurar a lona, ou com dispositivo manual, pneumático ou elétrico”, diz Agapito. O preço das opções que estão no mercado varia de R$ 1.800,00 a R$ 18.000,00.

O GMEC por meio da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e Fórum Sucroenergético solicitou o adiamento da obrigatoriedade para início da safra 2017/18 e a possibilidade de escalonar de acordo com o fim da placa do caminhão. Ou seja, no primeiro mês multam as placas de final 1. Assim, as empresas primeiramente irão colocar o dispositivo nesses caminhões.

A expectativa do setor é que essa solicitação receba um parecer no dia 6 de setembro, ou seja, após o início da obrigatoriedade. “A informação é que vão começar a multar a partir do 1º minuto de 1 de setembro. Torcemos muito para conseguirmos um parecer favorável para nossa solicitação”, diz Agapito.

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