Setor sucroenergético produz milhões de mudas de árvores ao ano
21-09-2016

O setor ou tem viveiros de mudas de plantas nativas ou compra mudas para o reflorestamento

Neste 21 de setembro, Dia da Árvore, o setor sucroenergético tem o que comemorar, afinal, se tornou um dos maiores produtores e plantadores de árvores do mundo ao assumir o compromisso de recuperar áreas degradadas, recompor matas ciliares, entorno de nascentes e restabelecendo áreas de preservação permanentes (APP).

Em todo canto onde tem cana, onde tem usina, tem viveiros de mudas de plantas nativas, tem árvores sendo plantadas, tem reflorestamento em curso. Em Minas Gerais, por exemplo, Jadir de Oliveira, assessor de Meio Ambiente do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Minas Gerais (Siamig), diz que o setor sucroenergético desenvolve o maior programa de reflorestamento do Estado, com a proposta de plantio de 1milhão de árvores nativas por ano. “Todas as usinas participam desse programa, quem não tem seu próprio viveiro de mudas tem convênio com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) para a aquisição de plantas nativas para a recomposição dos biomas”, salienta. Minas Gerais apresenta três biomas brasileiros: o cerrado, a mata atlântica e a caatinga. O cerrado é quem predomina, ocupa 19,94% da região.

Em São Paulo, a proposta do setor é plantar mais de três milhões de mudas de árvores nativas por ano. Só a Usina São Martinho, em Pradópolis, SP, mantém um viveiro de mudas que produz cerca de 300 mil mudas de árvores nativas por ano. São mais de 150 espécies de árvores, produzidas e utilizadas principalmente para reflorestar as matas ciliares.

Em outra unidade do Grupo São Martinho, a Santa Cruz, em Américo Brasiliense, SP, a empresa mantém um viveiro de plantas muito bem estruturado, com capacidade de produção de 50 mil mudas por ano. O trabalho inicia com a coleta de sementes produzidas por árvores sadias, a Santa Cruz tem um banco de germoplasma com 110 espécies.

Estão cadastradas 98 espécies de árvores, 90% delas pertencem ao cerrado, pois é neste bioma em que se encontra a grande maioria das terras da usina e de seus fornecedores de cana. Além de reflorestar as terras da usina e as áreas arrendadas, as mudas também são fornecidas aos fornecedores de cana e doadas para prefeituras, escolas e entidades da região.

Já a usina Boa Vista, unidade da São Martinho em Quirinópolis, Goiás, conta com um viveiro de plantas nativas que produz 30 mil mudas.
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