Sphenophorus e Nematóides ganharam destaque no 11º Insectshow
31-07-2015

Promovido pelo Grupo IDEA, evento ocorreu nos dias 29 e 30 de julho, em Ribeirão Preto


Os principais especialistas brasileiros no controle de pragas da cana-de-açúcar compartilharam seus conhecimentos no 11º. INSECTSHOW (Seminário sobre Controle de Pragas da Cana), que aconteceu no Centro de Convenções de Ribeirão Preto nos dias 29 e 30 de julho, em Ribeirão Preto.
Para o engenheiro agrônomo Dib Nunes, presidente do Grupo IDEA – organizador do evento -, é fundamental a adoção de tecnologias e a atualização de conhecimentos frente a um problema que impacta diretamente a rentabilidade das empresas do setor, que são as pragas. “Sempre há espaço para melhoria do combate e do manejo.”
No ano passado, o INSECTSHOW chegou à sua décima edição com uma extraordinária marca de mais de 5 mil participantes registrados em todas as edições. Neste ano teve a presença de mais 580 pessoas, entre profissionais de usinas, produtores de cana, pesquisadores e executivos de empresas da cadeia sucroenergética. “Este evento se tornou referência para o controle de pragas na cultura da cana-de-açúcar no País”, disse Dib.
“Nesse ano, o seminário trouxe de volta como tema de destaque os Nematóides, e também o Sphenophorus levis, cuja infestação não para de aumentar e o controle é dificílimo. As empresas do setor que estiveram no evento apresentaram o que têm feito para controlar esta praga”, frisou Dib Nunes.
Pragas que já são tradicionalmente muito enfocadas no INSECTSHOW também foram temas de palestras, como broca-da-cana e cigarrinha-das-raízes. Já uma série de apresentações mostrou o risco que a mosca-dos-estábulos representa para a produção canavieira. O seminário também trouxe especialistas para falar sobre manejo sustentável, variedades transgênicas resistentes à Diatraea, e deu espaço para que duas empresas sucroenergéticas apresentassem suas estratégias de controle de pragas e doenças em cana-de-açúcar: Raízen e Usina da Pedra.

Os principais fabricantes de produtos fitossanitários para cana-de-açúcar também aproveitaram o evento para fazer lançamentos e apresentar resultados da aplicação de seus produtos, voltados tanto para pragas como para doenças incidentes em cana.


MAXIMIZAR RECURSOS

De acordo com o diretor do Grupo IDEA, a maioria das palestras foi pautada sobre estes temas: o que é bom para as empresas, quais são as experiências vencedoras, quais foram as práticas de sucesso do passado que foram deixadas de lado por conta da crise de preços que o setor sofreu.
Segundo ele, uma das mensagens mais fortes do INSECTSHOW deste ano é que as empresas do setor estão revendo seus processos. “Estão analisando o que deixaram de fazer por conta da crise, que se abateu desde 2008. E perceberam que a perda de produtividade e de teor de sacarose, na verdade, se deve a práticas culturais mal aplicadas: operacionalmente falando, tecnicamente falando, e estrategicamente falando.”
Dib destaca que muitas empresas, inclusive grandes grupos sucroenergéticos, reviram totalmente seu sistema. “Tivemos, por exemplo, a apresentação do maior grupo do setor mostrando todas as medidas que estão sendo tomadas no sentido de se maximizar todos os recursos, seja por meio do controle de pragas e doenças, ou de práticas culturais.”
“Esse evento teve um importante papel no sentido de clarear, para os profissionais que estiveram presentes, o que pode ser feito a custo muito baixo e pode trazer grandes retornos, acabando com aquela loucura de que o que vale é apenas o volume de cana produzida, só colheita. Temos que analisar tecnicamente todas as etapas da cultura no sentido de se produzir o máximo possível para cada ambiente de produção”, frisou Dib Nunes.


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