Sphenophorus levis – faça o controle do início ao fim de safra para não renovar precocemente seu canavial

27-09-2016

A cada 1% de tocos atacados, há a redução de 1 tonelada de cana por hectare

Até meados de 1980, a ocorrência do Sphenophorus levis (Sl) era restrita à região de Piracicaba, SP. Porém, ao analisar a situação atual, percebe-se que já se disseminou e pode ser encontrado na maioria das regiões canavieiras dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Para o diretor da Tecnocana, Paulo Roberto Artioli, de Macatuba, SP, “só não tem essa praga, quem não procurou”.

Como os adultos do Sphenophorus caminham pouco no solo e tem voos curtos, fato que impede a sua disseminação para áreas mais distantes, o homem é o grande responsável pela disseminação e introdução da praga em lavouras que antes não tinham sua presença, principalmente por meio da muda retirada de locais infestados e transportadas para a área de novos plantios. Esse fato, para Artioli, é o motivo da intensa propagação da praga para outras regiões ao longo dos últimos anos. “Durante o boom do setor, os produtores plantavam a cana que estava mais a mão, não se importando com a sanidade. Essa falta de cuidado levou ao cenário que estamos enfrentando hoje, em que essa praga é um dos principais fatores de queda de produtividade dos canaviais.”

Isso ocorre devido ao fato de que, o Sl se abriga muitas vezes na base dos colmos que ficam perto do solo, na forma de larvas, adultos e ovos e também sobrevivem em outras culturas diferentes da cana-de-açúcar como o milho por exemplo. Estimativas apontam que, a cada 1% de tocos atacados, há a redução de 1 tonelada de cana por hectare.

Além disso, em função da abertura de galerias na base dos colmos, ocorre a penetração de doenças, o amarelecimento e secamento das folhas e morte dos perfilhos. Sob infestações altas, as touceiras morrem e são observadas muitas falhas na rebrota, reduzindo drasticamente a produtividade e a longevidade do canavial.

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