Técnica permite aumento de até 24% na produção de colmos de cana
23-10-2023
Experimento de doutorado da UFU atesta maior eficiência dos organominerais na comparação com os fertilizantes minerais
Por Leonardo Ruiz
Doutorando da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o estudante Robson Thiago Xavier de Souza conduziu, em 2014, um experimento de campo visando avaliar a eficiência agronômica da utilização de fertilizantes organominerais (OM), uma ferramenta alternativa de adubação que vem se mostrando bastante promissora, seja na adição de Matéria Orgânica (MO) ao solo como também na fertilização de culturas, especialmente daquelas de ciclo longo, como a cana-de-açúcar.
Orientador do projeto, o Prof. Dr. Gaspar Korndörfer é um defensor dessa tecnologia, especialmente por sua capacidade de reduzir as perdas dos nutrientes, como nitrogênio, potássio e fósforo. “Nesse experimento, inclusive, foi constatado que os OM são mais eficientes que os adubos minerais, tanto em cana planta quanto em cana soca, provando que eles podem ser uma ferramenta bastante interessante para aumento de produtividade agrícola.”
Gaspar Korndörfer: “Os OM são mais eficientes que os adubos minerais, tanto em cana planta quanto em cana soca”
Foto: Verde AgriTech
Para Korndörfer, um dos resultados mais interessantes do projeto foi em relação à melhor eficiência do uso de P2O5 (fósforo). Em umas das áreas foi aplicado 150 kg de fosfato monoamônico (MAP) no sulco de plantio. A produtividade (TCH) saltou de 110 ton/ha para 150 ton/ha. Logo ao lado, cerca de 50% desse MAP foi misturado a uma matéria orgânica, criando assim um fertilizante organomineral. “Os dados obtidos mostram o potencial enorme dos OM, pois para atingir as mesmas 150 ton/ha foram necessários apenas 70 kg de P2O5 consorciado a uma MO.”
Esse mesmo experimento resultou ainda em outro conceito interessante. “Mantendo aqueles mesmos 150 kg de P2O5 provenientes de MAP e adicionando uma matéria orgânica, a produtividade saltou para 170 ton/ha, um incremento de 20 ton/ha. Ou seja, mantendo a dose usual de fósforo, não mais isoladamente, mas associado a uma MO, eu crio um fertilizante organomineral e impulsiono minha produção.”
Fertilizante organomineral para a produção de cana-de-açúcar
Fonte: Sousa, R.T.X.S. 2014
Outros resultados do projeto incluíram aumento de 12% a 13% na produção de colmos nas áreas de cana-planta em que foram utilizados os organominerais (fósforo + MO) em comparação com o uso exclusivo de fósforo. Já em cana-soca (de primeiro a quarto corte), os ganhos variaram entre 4% e 24%.
Na visão do especialista em cana-de-açúcar da Brasfertil, Homero Moreschi, números como esses atestam a maior lucratividade por hectare proporcionada pelos fertilizantes organominerais. “Os OM não apenas protegem o MAP, a ureia e o KCL (cloreto de potássio), como também aumentam a capacidade de reserva do solo e equilibram a quantidade de nutrientes livres que passam para a solução do solo, potencializando a absorção pelas raízes. Tudo isso impacta grandemente na produtividade agrícola daquele canavial e na rentabilidade do negócio.”
Com um processo industrial pioneiro, sustentável e de alto padrão tecnológico, a Brasfertil é uma das líderes de mercado no fornecimento de fertilizantes organominerais para as mais diversas culturas, entre elas, a cana-de-açúcar. A empresa alia inovação e biotecnologia para desenvolver complexos húmicos que levam à potencialização e eficiência dos nutrientes, melhorando as propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos e garantindo o melhor desenvolvimento das plantas.
Organominerais são amigáveis às raízes, que penetram e aderem os grânulos do adubo, aumentando sua eficiência
Ao utilizar NPK convencional no solo, as raízes acabam se afastando pela salinidade e excesso de cloro. Por outro lado, o sistema radicular da cana-de-açúcar “abraça” os fertilizantes organominerais (OM), penetrando-os e aderindo-os, aumentando significativamente a eficiência da adubação. Esse conceito é chamado pelos americanos de “Friendly Fertilizers”.
Sistema radicular da cana-de-açúcar “abraçando” os fertilizantes organominerais
Foto: Geociclo
O fato de ser “amigável” ao sistema radicular é uma prova de que os fertilizantes organominerais são extremamente interessantes, não apenas pelo aumento da produtividade agrícola, mas também por devolver vida aos solos.
O especialista em cana-de-açúcar da Brasfertil, Homero Moreschi, explica que a formação de um perfil de solo é dependente de atributos físicos (armazenamento de água, compactação, porosidade, estrutura e textura), químicos (CTC, matéria orgânica, Ca e Al) e biológicos (cultivares, plantas daninhas, pragas, doenças e nematóides).
Homero Moreschi: “Os OM não apenas protegem o SULFATO DE AMÔNIO, o SUPER TRIPLO e o KCL, como também aumentam a capacidade de reserva do solo e equilibram a quantidade de nutrientes livres que passam para a solução do solo”
Foto: Divulgação Brasfertil
Segundo ele, o fertilizante mineral atua somente na propriedade química, e pode acarretar uma série de problemas, como aumento rápido e momentâneo das concentrações de nutrientes na solução, estresse químico, destruição e queima de radicelas, diminuição da produção de citocinina e da quantidade de estômatos, enfraquecimento do sistema radicular e menores taxas de absorção de nutrientes e de formação de folhas.
“Por outro lado, o organomineral trabalha todas as três propriedades, aumentando a atividade microbiana no solo, reduzindo a fixação de P, diminuindo a lixiviação de formas catiônicas (NH4+, K+, Ca++, Mg++, etc), ajudando na quelatização de micronutrientes e protegendo as raízes contra o excesso de salinidade causada pela adubação mineral.”
Pellets de OM da Brasfertil possuem doses equilibradas de 15 nutrientes, entre macronutrientes primários (NPK),secundários e micronutrientes, garantindo uma liberação constante, gradativa e homogênea no campo
Foto: Divulgação Brasfertil
Com mais de duas décadas de experiência, a Brasfertil coloca no mercado organominerais que se destacam por sua forma peletizada, que garante que todos os nutrientes presentes na fórmula sejam liberados de forma constante, gradativa e homogênea no campo. “Nossos pellets de OM possuem doses equilibradas de 15 nutrientes, entre macronutrientes primários (NPK), secundários e micronutrientes, seguindo à risca a Lei do Mínimo, que entende que o excesso de determinado nutriente não supre a falta de outro, ou seja, a produção de uma cultura é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os outros estejam abundantemente presentes.”
Com diversos campos demonstrativos espalhados pelo país e com áreas comerciais em várias usinas e agrícolas do Centro-Sul, a Brasfertil vem devolvendo a vida aos canaviais brasileiros e, consequentemente, melhorando as margens do negócio. Para conhecer mais sobre as tecnologias da empresa, acesse www.brasfertil.agr.br