Tecnologia desenvolvida pela Clariant irá reduzir custos da produção de etanol celulósico
13-11-2017

Se aprovado o RenovaBio, o setor vai precisar produzir de um volume muito maior de etanol

O RenovaBio, um programa de incentivo aos biocombustíveis lançado no final do ano passado pelo Governo Federal, mas que desde agostopermanece parado no Ministério da Casa Civil, foi o principal tema da 17ª Conferência Internacional da Datagro sobre Açúcar e Etanol, ocorrida nos dias 6 e 7 de novembro na capital paulista.
O objetivodo RenovaBioé expandir a produção de biocombustíveis do Brasil adotando regras previsíveis e em linha com a sustentabilidade econômica, social e ambiental. A ideia é que o programa também contribua para o Brasil alcançar as metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa. A expectativa do setor é que o programa seja assinado nos próximos dias.
Se aprovado oRenovaBio, o setor vai precisar produzir de um volume muito maior de etanol, para isso, na visão de Martin Mitchell, Gerente de Desenvolvimento de Negócios Globais da Clariant,uma das empresas líderes mundiais em especialidades químicas, será fundamental a produção de etanol celulósico, tecnologia já em uso pela Raízen, na unidade Costa Pinto, em Piracicaba.Ao utilizar a biomassa, a tecnologia do etanol celulósico é capaz de elevar em até 50% o saldo produtivo do combustível na mesma safra com a mesma quantidade plantada no campo e ainda por cima dar nova destinação aos resíduos da produção tradicional. Por exemplo: 1 tonelada de bagaço seco pode gerar 300 litros de etanol.

Porém, o custo elevado da produção do etanol celulósico tem sido, até o momento, um obstáculo à sua propagação. Mas, Mitchell diz que a Clariant tem trabalhado para tornar a produção de etanol celulósico mais competitiva. A empresa anunciou o investimento em uma nova planta comercial para a produção de etanol celulósico em larga escala a partir de resíduos agrícolas utilizando sua tecnologia sunliquid®. A nova planta, com capacidade de produção anual de 50.000 toneladas, será construída no sudoeste da Romênia. As instalações serão de uma planta-modelo, confirmando a competitividade e a sustentabilidade da tecnologia sunliquid® em escala comercial, reforçando assim a estratégia de negócios da Clariant para o licenciamento do sunliquid®.
De acordo com Mitchel, este processo pioneiro viabiliza a produção de biocombustíveis avançados, eficientes e sustentáveis, e tem grande potencial como plataforma tecnológica para uma variedade de materiais bioquímicos.
Para se concentrar ainda mais na comercialização de bioetanol, licenças e enzimas, a Clariant criou a nova Business LineBiofuels&Derivatives, como parte da área de negócios Catalysis. A partir de janeiro de 2018, todas as atividades relacionadas à plataforma de tecnologia sunliquid® serão transferidos para a Business LineBiofuels&Derivatives. E em setembro deste ano, a Clariant anunciou um passo importante que visa aumentar a atratividade comercial da tecnologia sunliquid® ao assinar o primeiro contrato de licença tecnológica com a Enviral, membro do EnvienGroup.
Há cinco anos, a Clariant mantém em operação uma plantapré-comercial de sunliquid® em Straubing, na Alemanha, e com a comprovação do processo, está pronta para atingir um novo patamar. Os próximos passos são os estudos de engenharia detalhados antes do início da construção da unidade, que está prevista para 2018. A planta deverá entregar seu primeiro lote de produtos em 2020. As vendas da nova planta de etanol celulósico sunliquid® devem atingir a média de dois dígitos de milhões de francos suíços. Esta conquista faz parte e provém da experiência da Clariant em inovações em biotecnologia[1].
O etanol celulósico é um biocombustível avançado e verdadeiramente sustentável, sendo produzido a partir de resíduos agrícolas, como palha de trigo, forragem de milho e biomassa de cana. A palha é convertida em açúcares celulósicos, que posteriormente são fermentados e transformados em etanol celulósico. Por utilizar resíduos agrícolas, o etanol celulósico pode ampliar a produção atual de biocombustíveis usando novas matérias-primas e melhorar o seu desempenho. Os açúcares celulósicos também têm o potencial de servir de base para a produção futura de produtos bioquímicos.
Mitchell explica que a tecnologia sunliquid® oferece um modelo de processo totalmente integrado baseado em tecnologias já estabelecidas. Características tecnológicas inovadoras, como a produção integrada de matérias-primas e de enzimas específicas para o processo, além da fermentação simultânea de açúcares C5 e C6, garantem o melhor desempenho comercial da categoria. E mais, a nova tecnologia oferece enzimas especificas com melhor preço, o que reduzirá o custo de produção do etanol 2 G. O executivo da Clariant se coloca à disposição do setor sucroenergético para mais informações sobre a tecnologia, o e-mail dele é: martin.mitchell@clariant.com
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