Única mulher em meio as caldeiras e moendas da São Martinho
03-04-2017

Jaqueline Fernandes Lavezo entrou na São Martinho bastante jovem, com apenas 16 anos, pelo Programa Projov, iniciativa que oferece a oportunidade do primeiro emprego para jovens por meio de parcerias com instituições. No caso de Jaqueline, ela participava do programa de Associação de Amparo ao Menor de Pradópolis, que possibilitou sua ida a Usina. “Para mim, foi uma grande conquista.”

Sua primeira função foi na área de manutenção industrial da Unidade, atuando como uma espécie de arquivista. “Eu cuidava de todos os arquivos de documentação técnica, os desenhos das máquinas e peças, entre outros documentos.”

O trabalho acabou despertando na jovem um interesse pelo desenho industrial. “Nesse meio tempo, comecei a pegar dicas de como utilizar o AutoCAD, software essencial para esse tipo de trabalho.”

Devido a seu empenho, a São Martinho acreditou na jovem e financiou seu curso de formação em desenho industrial. Após quatro anos como auxiliar administrativo, função obtida após seu período como arquivista, Jaqueline pode assumir o cargo de desenhista industrial da Unidade.

Uma das funções de Jaqueline é andar pela área industrial, coletando medidas para, posteriormente, desenhar as peças, muitas das vezes, no próprio local onde elas estão instaladas. “Eu preciso conhecer exatamente como é montada uma peça, desde as pequenas até as maiores. Por conta disso, existem aqueles equipamentos que preciso desenhar dentro da indústria.” Esta atividade, aliás, é feita corriqueiramente por ela, já que, para todos os orçamentos solicitados pela usina, relacionados a peças industriais, é necessário que o desenhista industrial faça um desenho da peça para enviar ao fornecedor.

“Atualmente, meu maior desafio na área é aprender sobre regulagem de moendas. A São Martinho já ofereceu um curso preparatório sobre o tema. Além disso, pude visitar as outras unidades do Grupo para aprender. Dentro da minha profissão, e do que posso fazer na usina, sempre há novas coisas para conhecer, desenvolver e aprimorar.”

Jaqueline conta que ser uma mulher em uma área industrial não foi uma tarefa fácil. Na época do Projov, ela era a única mulher da área. Fato que ainda se repete nos dias de hoje. Porém, ela afirma que já está acostumada a lidar com tantos homens. “Sou a única filha no meio de dois irmãos homens. Além disso, fiz cursos de desenho onde eu era a única mulher da sala. Enquanto todas as minhas amigas foram fazer administração, eu fui fazer desenho no SENAI. Então já estou acostumada e não vejo problemas nisso.”

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