Usinas menores podem viabilizar etanol de milho em Mato Grosso
08-04-2015

Usinas de porte menor, que demandam menos investimentos, podem ser uma alternativa para impulsionar a produção de etanol de milho em Mato Grosso. É o que avaliam especialistas no assunto que, nesta semana, apresentaram a ideia para agricultores ligados à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

"Em algumas regiões, são poucos produtores e não conseguem `bancar´ uma usina de R$ 400 milhões. Essa opção de usina de menor porte permite criar um negócio de âmbito regional", diz Glauber Silveira, conselheiro da entidade, de acordo com o divulgado em nota oficial.

De acordo com a Aprosoja-MT, o modelo envolve parcerias entre fornecedores e produtores rurais. Inclui também a comercialização do produto, por meio de associação com uma cooperativa norte-americana.

"Esse tipo de negócio é sucesso nos Estados Unidos há 15 anos. Nós nos comprometemos a comprar 100% da produção por dez anos e revender com o que chamamos de `livro aberto´, ou seja, o nosso cliente (usina) decide junto conosco pra quem vender, quando vender e por quanto vender", explica o representante da cooperativa, Clayton Anselmo de Mello, ainda de acordo com o divulgado pela Aprosoja-MT.

Para a cadeia produtiva mato-grossense, a produção de etanol de milho é uma alternativa para enxugar o excedente do cereal no estado. Até o fim de 2014, duas usinas estavam em atividade e a expectativa é de que pelo menos outras três entrem em atividade durante este ano. Representantes do setor produtivo defendem o incentivo à produção, destacando, no entanto, que é preciso também apoio do governo para garantir a competitividade do combustível.