Vai mudar!
26-05-2015

O secular método de plantio de cana-tolete está com os anos contados. Hoje, já se planta a muda da cana e no futuro será a semente


Luciana Paiva e Clivonei Roberto

Demorou quase 500 anos, mas com o lançamento do sistema de mudas pré-brotadas (MPB), pelo Instituto Agronômico (IAC) em 2013, o método de plantio por meio de esparrame de cana-tolete pode estar com o tempo contado. “Na verdade, foi o Plene, pela Syngenta, apresentado em 2008, que apresentou o microtolete e a possibilidade de plantar cana de um outro jeito”, lembra o produtor Paulo Rodrigues,diretor da fazenda Santa Izabel, de Guariba, e um dos pioneiros na produção e plantio do MPB.

A tecnologia de mudas Plene trocava o tradicional tolete de 40 cm de comprimento, por um microtolete de 5 cm que era depositado na linha de cana um a um, como uma semente. A plantadora, muito mais leve que as convencionais, utilizava em torno de 1,5 a 2 toneladas de cana por hectare, contra a média de 20 toneladas utilizadas no plantio mecânico.

“O que a Syngenta fez em 2008, foi um convite ao setor de desenvolvimento conjunto da tecnologia. Procuramos as principais unidades sucroenergéticas e montamos áreas demonstrativas comerciais. Em 2010, começamos a comercialização e assinamos 350 milhões de dólares de contrato paraos cinco anos seguintes.Quando começamos a entregar o produto, vimos que não tínhamos escala comercial, além disso, o desempenho no campo era muito variável, tinha hora que funcionava, hora não. Decidimos retornar a fase de pesquisa e aumentamos os investimentos”, conta Leandro Amaral, diretor de Marketing Cana-de-açúcar. Amaral, salienta que muitas empresas passam por isso, e que faz parte do processo de inovação, principalmente quando traz algo que provocará uma mudança de patamar de tecnologia.

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