Vantagens das Manutenções lineares em colhedoras de cana
05-01-2017

Além dos benefícios operacionais, existem vantagens financeiras

Essa é a proposta do engenheiro Luiz Nitsch, diretor da Sigma Consultoria Automotiva (foto). Nessa metodologia, durante todos os meses da safra certo percentual das colhedoras de cana da Usina se encontra no barracão para manutenção, onde todos os procedimentos realizados durante os dois meses da entressafra são feitos em apenas 20 dias. Esse menor período de tempo se dá devido a maior relação de mecânicos por máquina.

“Em todo esse período, a colhedora é revisada completamente, desde o despontador até o exaustor secundário, com especial atenção àquelas partes que entram em contato direto com a cana e, por consequência, acabam se desgastando mais, como o corte de base, transportadores, picadores, cestos e exaustores.”

Segundo Nitsch, diversos são os benefícios decorrentes da adoção desse método. “Nosso maior erro é que, por muitos anos, deixamos que as colhedoras começassem e parassem de trabalhar todas ao mesmo tempo. Com isso, o final da safra era um sufoco, pois a quebradeira era constante. Com as manutenções lineares, todos os meses, certa quantidade de máquinas recém-revisadas entra em operação, o que aumenta muito a saúde média da frota.”

Outra vantagem citada pelo consultor é relacionada à maior tranquilidade da oficina durante a entressafra. “Nesse método, não haverá aquele atropelo de fim de ciclo, quando se tem uma janela curtíssima para dar conta de reparar toda a frota da usina. Isso sem falar da falta de mão de obra interna, que leva a aquisição de serviços terceirizados, e a falta de espaço nos barracões.”

Além dos benefícios operacionais citados, existem, ainda, vantagens financeiras proporcionadas pela manutenção linear. Uma delas é a compra de peças e serviços externos numa época mais calma, já que no final do ano a demanda aumenta e, consequentemente, os preços também. “É a mesma coisa de querer instalar um ar-condicionado nos dias mais quentes do verão. Obviamente que será mais caro. Já a instalação numa época mais fria garantirá melhores condições de pagamento”, salienta o consultor.

Porém, Nitsch explica que, antes de adotar esse sistema, a usina deverá fazer um investimento em sua frota, na forma da aquisição de 10% de colhedoras adicionais, ou seja, caso uma usina tenha 40 máquinas em suas frentes, deverá adquirir mais quatro. “Isso ocorre, pois não posso tirar máquinas em processo de colheita para colocá-las em manutenção. O correto é substitui-las.”

O diretor da Sigma Consultoria Automotiva conta que esse fator tem levado muitas usinas a duvidar dos benefícios da manutenção linear, porém, uma vez adotado, ele garante que essas incertezas sumirão rapidamente. “Esse investimento é devolvido em três safras e meia, ou seja, em meia-vida de uma colhedora você paga a aquisição e, no restante, só virão os lucros.”

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