Vantagens e desafios da Usina Colombo no uso de colhedora de cana inteira no sistema de Meiosi
11-09-2017

A colhedora é uma CAMECO S30B, fabricada e importada pela Colombo na década de 1990

O Grupo Colombo, com três unidades produtoras no interior de São Paulo, tem enfrentado alguns problemas operacionais para realização da Meiosi em suas áreas, principalmente no que tange a questão da falta de disponibilidade de mão de obra, seja para a colheita manual da rua “mãe” quanto para a desdobra da cana. “Como ainda não temos know-how suficiente para a mecanização plena das operações de Meiosi, optamos por investir no meio-termo: corte mecanizado com plantio manual”, conta o gerente agrícola do Grupo Colombo, unidade Ariranha, José Luiz Menossi.

A primeira alternativa, que não deu muito certo, foi adaptar uma carregadora, que iria cortar a cana e deitá-la sobre o solo. Em seguida, a empresa tentou adaptar uma colhedora de cana picada. Neste caso, foi tirado o rolo picador e adicionado um direcionador na traseira da máquina. A cana saía inteira e o colaborador apenas faria a desdobra para as ruas que seriam plantadas. “Entretanto, o resultado não ficou bom, pois tivemos bastante danos às gemas.”

Já o terceiro caminho seguido pelo Grupo Colombo deu certo e parece ser o definitivo. “Pegamos uma colhedora de cana inteira que estava parada há tempos no pátio da unidade, fizemos algumas modificações e a colocamos para trabalhar. O resultado foi excepcional”, destaca o gerente agrícola.

A colhedora em questão é uma CAMECO S30B, fabricada e importada pela Colombo na década de 1990. O modelo consome cerca de 18,5 litros/hora, possui velocidade de trabalho de 5 a 6 km/h, conta com um motor Caterpillar 3304 T de 200 hp e utiliza pneus como tipo de rodado. Já o corte de base é feito por um único disco, cujo diâmetro é bem maior do que o convencional. “Seu corte é perfeito, não estilhaçando mesmo na velocidade de 6km/hora”, ressalta Menossi.


Ele explica que, em função do braço lateral da máquina, que afeta seu centro de gravidade, é necessário deixar dois sulcos sem sulcar, pois, caso contrário, a colhedora irá cair dentro deles. “Esse braço deve ser manobrado por um segundo operador. O lado positivo é que ele conseguirá, dependendo da ocasião, mexer no mecanismo e distribuir a cana onde for necessário, como, por exemplo, na terceira ou quarta rua.”

Outra característica que encheu ainda mais os olhos da Colombo foi o fato de o braço lateral da máquina transportar a cana e depositá-la de forma atravessada no sulco de plantio, permitindo que ela fique mais próxima do colaborador, que conseguirá realizar o plantio mais facilmente. “Este fato aumentou significativamente o rendimento da desdobra, que passou a ser de 65 hectares por dia.”


Apesar de tantos benefícios, ainda existem certas dificuldades operacionais a serem resolvidas pela Colombo, como a topografia do terreno, que deve ser plano para que a máquina não tombe; e as peças de reposição. Atualmente, a usina tem feito a manutenção da colhedora adaptando partes de outras máquinas.

Outra dificuldade, mas que segundo Menossi não tem atrapalhado tanto a operação, é relacionada ao tamanho da cana que é colhida pela máquina. Quando pequena, ela embucha no despontador, já grande, só é cortada se estiver ereta. “Por conta disso, é necessário que o timing de planejamento e operação seja perfeito.”


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