Dados da PwC indicam ritmo de M&A melhor em fevereiro, mas queda de 35% em 2023
19-04-2023

Volume de transações deve melhorar no segundo semestre; om 179 operações, aumento no mês é de 10,6%

Os dados de fusões e aquisições (M&A) no primeiro bimestre de 2023 fechados pela PwC Brasil mostram que houve uma alta de 10,6% em fevereiro (94 operações) em relação a janeiro (85), mas a tendência é de um ano menos intenso do que 2021, quando houve um recorde histórico de transações (1.659), e 2022 (1.556). No primeiro bimestre deste ano, a queda foi de 35% na comparação com o mesmo período do ano passado. A perspectiva, no entanto, é de melhora no segundo semestre.

 "O ritmo estava intenso até agosto de 2022, quando a tendência começou a se inverter. No plano internacional, a instabilidade macroeconômica, a inflação, os juros altos e as tensões geopolíticas fizeram o investidor a ficar em compasso de espera. No plano interno, as eleições, a mudança de governo, as incertezas sobre o futuro da economia, as dúvidas sobre o novo arcabouço fiscal e o crédito escasso estão também pressionando o investidor a aguardar um melhor momento. Na nossa avaliação, o segundo semestre será melhor que o primeiro, mas 2023 ficará abaixo de 2022 e de 2021 em relação às transações de M&A", afirma o sócio da PwC Brasil Leonardo Dell'Oso.

Capital nacional

De acordo com o sócio da PwC, houve uma mudança no perfil do investidor há pouco mais de uma década, com as transações de M&A ficando mais concentradas em capital de origem nacional. No primeiro bimestre de 2023, por exemplo, cerca de oito em cada dez transações tiveram origem em investidores brasileiros.

"Nos últimos anos, no mercado de M&A no Brasil, tem predominado as transações de capital nacional, por diversos fatores macroeconômicos e razões da política interna e externa. Em 2022, foram 81,4% de transações com capital nacional, um pouco abaixo dos 83,1% registrados em 2021. E agora nos primeiros dois meses de 2023, foram 80,4% de operações com capital nacional. A tendência é que isso se mantenha em 2023, com o maior volume de transações envolvendo capital nacional", avalia Dell'Oso.

O setor de tecnologia, mídia e telecomunicações é o que mais concentrou operações de M&A em 2023. Foram 46,4% do total de transações, mais que o dobro do setor de Consumer Markets, o segundo que mais movimentou as M&A no país neste ano, com 16,2%. Completam a lista os setores de indústria e manufatura automobilística (14%), serviços financeiros (8,9%), energia (5,6%) e saúde e agronegócio (ambos com 4,5%).

 

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