"Não existe variedade imune ao carvão"
14-11-2014
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Ridesa/UFSCar, Antonio Ribeiro Fernandes Junior salienta que não existe variedade de cana imune ao carvão, por isso, a indicação é o plantio de variedades altamente resistentes. Porém só isso não basta, é preciso ter viveiros sadios e mudas de qualidade.
Roberto Chapola, pesquisador científico da Ridesa/UfSCar complementa salientando que é preciso reforçar com aplicação de fungicida nas mudas por meio do tratamento térmico.
O gerente de qualidade e fitossanidade do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), Enrico De Beni Arrigoni reforça os cuidados, por se tratar de um fungo com poder de disseminação pelo vento, é importante que se elimine fontes de inóculo, ou seja, substituir variedades suscetíveis que possam estar portando o fungo. “O controle genético com uso de variedades resistentes e intermediárias ainda é o controle menos oneroso. Além disso, é imprescindível a realização do controle cultural com o plantio de mudas oriundas de viveiros com alta sanidade onde se pratica o Roguing, técnica que elimina plantas indesejadas dos viveiros, como por exemplo, doentes com carvão, pois esse evita o plantio de material já doente em áreas comerciais e a disseminação de fontes de inóculo”.
O gerente conta, ainda, que, atualmente, os programas de melhoramento somente liberam variedades resistentes e intermediárias ao carvão, contribuindo no controle e reduzindo a possibilidade de perdas na cultura em função desta doença. Entre as variedades altamente resistente ao carvão, estão a IACSP 95-5000, IACSP 95-5094, IACSP 97-4039, CTC 4 e RB 92-579.
“Todas as variedades RB são altamente resistentes ao carvão, mas se foram cultivadas em ambientes propícios e em condições para a disseminação da doença, correm o risco de apresentar carvão”, diz Antonio Ribeiro, o aparecimento da doença está acorrendo até mesmo com a RB-867515, a mais plantada no Brasil por causa de sua rusticidade.
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