"Super produção de açúcar" derruba preços da commodity
29-04-2016

"A super produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de abril pesou sobre os contratos futuros da commodity ontem na bolsa de Nova York", destacou nesta quinta-feira (28), análise trazida pelo jornal Valor Econômico. Com os números, apresentados ontem pela Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar, as cotações de açúcar caíram em todos os mercados.

Na Ice Future, o contrato com vencimento maio/16 fechou em 15,55 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 22 pontos no comparativo com a véspera. As demais telas tiveram retrações que oscilaram entre nove e 21 pontos.

Em Londres a commodity, no vencimento agosto/16, fechou cotada a US$ 460,80 a tonelada, baixa de 3,20 dólares quando comparada com o dia anterior. Os demais vencimentos da bolsa londrina fecharam no vermelho entre 1,70 a 3 dólares.

Ainda segundo a análise do Valor, a produção de açúcar da primeira quinzena de abril, os primeiros 15 dias da safra 2016/17, foi quatro vezes maior que o mesmo período da safra passada. Foram 396 mil toneladas produzidas na safra 2015/16, contra 1,429 milhão de toneladas nesta temporada.

"No período, 205 usinas já estavam em operação. Na primeira quinzena de 2015, a moagem era feita por 137 unidades. A projeção da Unica para a safra 2016/17, de aumento da produção de açúcar mesmo se houver redução de moagem, também exerceu pressão sobre as cotações", destaca a nota do Valor Econômico.


Mercado doméstico

O mercado doméstico do açúcar também fechou em baixa ontem, a segunda seguida na semana. Segundo os índices do Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi vendida pelas usinas paulistas a R$ 75,87, baixa de 0,45% no comparativo com a véspera.


Etanol diário

Já os preços do etanol hidratado fecharam em alta de 0,19% pelo índice Esalq/BVMF, com negócios firmados em R$ 1.293,00 o metro cúbico.

Rogério Mian