2016, um ano para as empresas respirarem mais aliviadas
07-04-2016

Nos últimos seis anos, em que a remuneração esteve abaixo do custo de produção, o prejuízo foi de R$ 465 milhões.

Na safra 2016/17, Arnaldo Corrêa, diretor da Archer Consulting, acredita que os preços do açúcar em centavos de dólar por libra peso melhorem consideravelmente, mas os preços em reais por tonelada podem não necessariamente seguir o mesmo ritmo. “Isso porque hoje o dólar tem componente político grande. Por exemplo, com sinalização para o mercado de mudança do governo, podemos ter a queda do dólar, e assim os investidores lá fora ficam mais confortáveis. A taxa de câmbio tenderá a cair e, consequentemente, poderá haver uma subida de preços em Nova York, porém não necessariamente na mesma proporção”, explica.

Para Corrêa, 2016 é um ano para as empresas respirarem mais aliviadas. “Não é ano para todos saírem comemorando, mas temos melhor perspectiva.”

O endividamento das empresas é um grande peso. A dívida do setor, hoje, é de cerca de R$ 92 bilhões. “Grande parte dessa dívida é fruto da política que o governo implementou desde 2005. Durante muito tempo o setor produziu e vendeu hidratado abaixo do custo de produção.” De acordo com os cálculos de Corrêa, nos últimos dez anos, considerando a curva de preço do hidratado x custo de produção, “vemos que por mais de 35% do período essa curva de preço ficou abaixo do custo de produção. Ou seja, imagine uma empresa que durante 35% do tempo vendeu seu produto abaixo do custo de produção?”
A perda do setor durante os últimos seis anos, em que a remuneração esteve abaixo do custo de produção, representou um prejuízo de R$ 465 milhões.

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