A biomassa como negócio para o produtor de cana
26-11-2015

Acontece hoje, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho, o Seminário "Perspectiva Econômica da Biomassa - bagaço e palhada da cana-de-açúcar", promovido pela Canaoeste e pela Orplana.
O evento foi aberto por Celso Albano, gestor executivo da Orplana, e Almir Torquato, gestor de Relacionamentos, Recursos e Projetos da Canaoeste.

O objetivo do seminário é iniciar uma análise sobre a viabilidade de incluir o bagaço e a palha no Sistema Consecana

De acordo com o gestor de Relacionamentos, Recursos e Projetos da Canaoeste, Almir Torcato, o intuito é começar uma discussão sobre a viabilidade de inclusão, no Sistema Consecana, da remuneração do agricultor pela biomassa. “O encontro será um seminário analítico sobre novas alternativas de renda pelo potencial que temos, não só da biomassa oriunda da palha e do bagaço, mas também do cavaco de madeira, entre outros. O evento trará uma análise criteriosa de riscos e perspectivas para a tomada de decisões, se vale a pena ou não entrar no negócio, e para a visualização de alternativas. Discutir, por exemplo, o valor do bagaço e o que vem sendo estudado no que se refere à remuneração pelo seu excedente”, informa Torcato.

Segundo Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, a questão da remuneração pela biomassa é atual e precisa ser analisada. Uma possível mudança no Sistema Consecana não deve, na visão dele, ser imediata, já que a discussão deverá se intensificar só a partir de 2016. No entanto, a hora é oportuna para que se comece a colocar o tema na pauta. “A biomassa já vem, há algum tempo, nos motivando nessa direção. Só estávamos esperando atingir um número de unidades industriais que fosse representativo para o setor, a partir do qual se reconhecesse que existe um bom mercado, uma boa definição, que pudesse ser remunerada.

Como fizemos, por exemplo, com o álcool, que não existia no Consecana, mas entrou à medida que se tornou um mercado significativo. É o mesmo caminho da biomassa”, alega Ortolan.

Atualmente, cerca de 170 usinas cogeram energia elétrica a partir de resíduos da cana. “Existe um grande esforço para sair o retrofit (programa de financiamento para a renovação de caldeiras), o que daria oportunidade a outras tantas. Quem não está cogerando vende seu bagaço. E, mesmo quem cogera, vende o excedente. A partir disso, devemos fazer um trabalho para ver o que podemos reivindicar. Vejo o bagaço com bom espaço para entrar no Consecana, via geração ou comercialização, captando preço. Já a palha talvez seja um mercado de oportunidades. Se a usina está comprando, você recolhe e comercializa”, conclui Ortolan.

Confira a programação:

8h - Recepção
8h30 - Abertura - Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana
9h - Ônus e Bônus da Palha - Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico)
10h - Detalhamento, Custos e Receitas sobre a operação de recolhimento da palha - Luiz Carlos Dalben, agrônomo e consultor da Agrícola Rio Claro
12h - Almoço livre
14h - Quanto vale o bagaço - Marcos Fava Neves, professor da USP de Ribeirão Preto e sócio da Markestrat Consultoria
15h - Mercado de Biomassa: comercialização e transporte - Vinîcius Casselli, consultor em equipamentos e máquinas para colheita florestal e processamento de biomassa
16h - Coffee Break
16h30 - Estudo da remuneração do bagaço de cana excedente – Roberto Sachs, gerente departamento técnico da Assocap/Canacap (Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari-SP e Cooperativa dos Plantadores de Cana da Região de Capivari)
17h - Encerramento


Serviço:
Sertãozinho-SP
Data e Horário: 26 de novembro, das 8h às 17h
Local: Auditório da Canaoeste
Endereço: Dr. Pio Dufles, 532, Sertãozinho –SP
Informações: Telefone (16) 3946-3300, ramais 2090 e 2190.