A corrida pela sustentabilidade no automobilismo já começou
07-06-2023

O tema esbarra em decisões que podem impactar positivamente enormes cadeias.

Por: Hugo Cagno Filho

A simples adoção de um processo de eletrificação dos motores a combustão pode significar, para muitos, na solução mais rápida no curto e médio prazo, mas a equação é muito mais complexa do que parece.

Temos sérios e graves problemas a enfrentar quanto às rotas a serem adotadas nesse processo de eletrificação. A composição e vida útil das baterias, por exemplo, nos mostra caminhos e desafios muito importantes a serem vencidos, mas, o problema mais grave, e que o mundo parece não se atentar, ainda é o da fonte de energia para a substituição dos combustíveis fósseis que abastecerão nossos carros elétricos.

De nada vai adiantar trocarmos um combustível fóssil por outro, se a fonte de energia vier, por exemplo, de usinas térmicas a carvão espalhadas ao redor do mundo. A solução, a meu ver seriam os motores híbridos flex já disponibilizados por algumas montadoras, que permitem que a geração de energia, no caso o hidrogênio, fosse realizada no próprio carro, através de uma fonte limpa e sustentável, como o etanol, por exemplo.

Outras rotas neste mesmo sentido estão sendo estudadas, como a geração do hidrogênio verde no posto, mas, acreditamos que a solução para esta complicada equação resida em aproveitarmos nosso etanol, a melhor alternativa energética limpa e renovável do mundo.

Hugo Cagno Filho
Diretor Executivo da Usina Vertente e Presidente da UDOP

Publicado em Revista Vidi, número 17, ano 03

Fonte: Revista Vidi

Do site: Udop