A crise também acontece da porteira para dentro
07-08-2015

“É fundamental conhecer os números da empresa e planejar a longo prazo”, diz consultor

Andréia Moreno, da MBF Agribusiness

O segmento sucroenergético está atravessando uma das piores crises da história, não somente fora de suas porteiras, mas principalmente internamente. “Muito se fala da questão de mudar a forma de gerir o setor sucroenergético, com uma governança mais efetiva e profissional. Mas infelizmente a crise econômica desvia qualquer atenção em relação a esse assunto. Quem tem ânimo para mudar, investindo em qualidade e controles, não sabe se viverá o dia de amanhã. Para aqueles que conseguem caminhar com a mudança em paralelo, tem que haver um trabalho sério de investimento em controles. Conhecer os números da empresa e planejar a longo prazo é uma grande deficiência do setor, que precisa ser mudada”, ressalta Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness.

Ele acredita que deva haver uma ação muito forte, com a interferência do governo, para reescalonar o endividamento do setor. “Seja com instituições financeiras ou com o próprio governo federal, que é um dos maiores credores e fomentador dessa dívida gerada”.
A analista de Agronegócios do banco Itaú BBA, Giovana Araújo, disse recentemente que o fato do preço da gasolina no Brasil estar em média, 15% menor que o praticado no mercado internacional é um dos principais fatores de comprometimento da rentabilidade do setor de açúcar e etanol no país. Giovana avaliou ainda que o estabelecimento da paridade entre as cotações interna e externa da gasolina poderia ser adotada pelo governo federal como medida de curto prazo. Ela defendeu o aumento da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, hoje em R$ 0,22 por litro.

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