A previsão de moagem no Mato Grosso é de 17 milhões de toneladas de cana
25-05-2016

Oito das dez usinas de cana-de-açúcar do Mato Grosso já começaram a safra. As duas últimas entrarão em operação no mês de junho. Na safra 2016/17, a previsão é de manutenção da produção dos últimos quatro anos: em torno de 17 milhões de toneladas de cana esmagadas, entre 1 e 1,1 bilhão de litros de etanol e cerca de 330 mil toneladas de açúcar.

O ritmo da colheita e do processamento de cana no estado está muito bom, na avaliação de Jorge dos Santos, diretor executivo do Sindálcool-MT. “Chuvas com intensidade só temos mesmo entre novembro e março”, diz.
ESCOAMENTO
A expansão da produção canavieira no Mato Grosso poderia ser estimulada mediante a melhoria da infraestrutura logística, com investimentos contundentes em modais que liguem o estado a portos como Itaqui, no Maranhão, ou mesmo do Peru, no Oceano Pacífico. Demanda que ganha novas perspectivas com a recente posse de Michel Temer como presidente da República.
O próprio Jorge dos Santos já acompanhou, várias vezes, tratativas políticas de asfaltamento da BR-163, que corta o Mato Grosso de Norte a Sul. Esta obra facilitaria o escoamento da produção agrícola do estado para outros mercados, beneficiando tanto os produtores de açúcar e etanol, como de grãos.
Asfaltar a BR-163 permitira o acesso ao porto fluvial de Miritituba, no Pará, o que viabilizaria escoar a produção para o mercado externo, utilizando portos como o de Itaqui, no Maranhão. Mas enquanto essa rodovia não sai da promessa, a atual 163 é intransitável.
Outra alternativa antiga, que remonta os anos de 1990, é buscar uma saída pelo Oceano Pacífico, viabilizando uma rodovia entre Cuiabá e os porto peruanos que ficam no Oceano Pacífico, atravessando via terrestre o território da Bolívia.
O problema é que falta o asfaltamento de cerca de 400 km do lado boliviano da estrada, entre San Matias até as redondezas de Santa Cruz de La Sierra. Uma obra que também esbarra em interesses do governo boliviano de Evo Morales.

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