A recuperação do setor não depende só de preços
13-04-2016

Para Luiz Carlos Carvalho, diretor da Canaplan,a tendência do setor é de estagnação e até de redução

Luiz Carlos Carvalho, diretor da Canaplan e presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), não tem tanta clareza de que há um cenário de retomada do setor. “Eu não diria que está em recuperação. A safra 2016/17 dá indicativos de preços melhores do que na safra anterior, mas depende de uma série de fatores, e não somente de preços melhores.”

O setor vive um momento de expectativa de preços melhores, mas não espetacularmente melhores, segundo ele. “Para as empresas com problemas financeiros, é difícil imaginar que essa pequena recuperação de preço possa fazer frente ou reduzir a pressão do câmbio e o endividamento em dólar.”

Na visão de Carvalho, a capacidade instalada da indústria de cana-de-açúcar já está no teto. “Nas regiões onde a cana de uma usina que fechou pode ser moída por uma unidade vizinha, tudo bem, o impacto fica amenizado, mas nem sempre é assim ou será assim.”

Para Carvalho, “no nosso caso há processo de redução de capacidade por redução de investimento e deterioração financeira das empresas por falta de horizonte na questão política”.
Segundo ele, o setor sucroenergético mostra os seus limites justamente num momento em que está sendo pressionado por questões macroeconômicas e pelo endividamento em que se encontram várias unidades. “A tendência desse setor é de estagnação e até de redução, a não ser que as coisas mudem.”

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