ACGO anuncia plano de reestruturação global e demissão de 6% dos funcionários
28-06-2024

As demissões devem começar ainda neste ano e podem chegar a 1,7 mil funcionários, o equivalente a 6% do quadro total da empresa — Foto: Wikimedia Commons
As demissões devem começar ainda neste ano e podem chegar a 1,7 mil funcionários, o equivalente a 6% do quadro total da empresa — Foto: Wikimedia Commons

Empresa creditou decisão ao enfraquecimento da demanda, que tem pesado sobre a indústria de máquinas agrícolas

Por Isadora Camargo — São Paulo

Para enxugar custos operacionais, a AGCO, uma das maiores empresas de máquinas agrícolas do mundo, anunciou nesta semana um “programa de reestruturação” global que prevê demissões neste ano. Em comunicado a investidores que divulgou no último dia 24 de junho, a empresa creditou a decisão ao enfraquecimento da demanda, que tem pesado sobre o segmento.

As demissões devem começar ainda neste ano e podem chegar a 1,7 mil funcionários, o equivalente a 6% do quadro da empresa em 31 de dezembro do ano passado, de 28 mil profissionais.

Para efetivar as demissões, a companhia estima que arcará nesta primeira fase da reestruturação com custos de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões relacionados a benefícios aos empregados e outros custos. A empresa espera que a maior parte desses encargos com as demissões ocorra em 2024 e no primeiro semestre de 2025.

AGCO controla as marcas Valtra, Fendt e Massey Ferguson. No comunicado, a empresa informou que “espera que a maioria desses encargos em dinheiro seja incorrida em 2024 e no primeiro semestre de 2025”.

AGCO não descarta revisar cortes para tentar melhorar a eficiência operacional, “que podem resultar em encargos de reestruturação adicionais relacionados com fases futuras do programa”, diz a nota. Contudo, a companhia não divulgou o valor que espera economizar com as próximas etapas da reestruturação.

Em paralelo, a empresa informou que o posicionamento está sujeito ao cumprimento de requisitos legais, que variam de acordo com a jurisdição dos países onde atua.

“Os encargos que a empresa espera incorrer estão sujeitos a uma série de premissas, incluindo requisitos legais em diversas jurisdições, e as despesas reais podem diferir materialmente das estimativas divulgadas acima. A companhia também poderá incorrer em outros encargos ou despesas de caixa não contemplados atualmente devido a eventos que possam ocorrer como resultado ou associados à fase inicial do programa, bem como para potenciais fases futuras”, detalhou a empresa no comunicado ao mercado.

Fonte: Globo Rural