Açúcar sobe nas bolsas internacionais e mercado brasileiro acompanha valorização
11-12-2025
Alta do açúcar é sustentada por fatores técnicos e mudança na produção global
Os contratos futuros de açúcar registraram alta nas bolsas internacionais nesta quarta-feira (10), impulsionados por fatores técnicos e alterações no quadro global de oferta. Analistas destacam que produtores da Tailândia, segundo maior exportador mundial da commodity, estariam substituindo parte das plantações de cana por mandioca, motivados por preços mais baixos e problemas sanitários em algumas regiões. Essa mudança tende a reduzir a oferta global de açúcar no médio prazo, apontam especialistas.
Segundo a Reuters, essa movimentação contribuiu para a valorização nos principais mercados de referência.
Bolsas internacionais registram ganhos
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto para entrega em março de 2026 fechou cotado a 14,91 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,24 centavo (+1,6%) em relação ao fechamento anterior. A posição maio/26 encerrou o dia a 14,49 centavos (+1,3%). Outros contratos subiram entre 11 e 17 pontos, refletindo uma correção técnica após mínimas de quase quatro semanas registradas na sessão anterior.
Em Londres (ICE Futures Europe), o açúcar branco março/26 avançou US$ 7,30, sendo negociado a US$ 426,10 por tonelada. A posição maio/26 subiu US$ 7,00 (+1,69%), cotada a US$ 422,70 por tonelada, enquanto os contratos de agosto e outubro de 2026 registraram altas de 1,60% e 1,43%, respectivamente.
Mercado doméstico brasileiro acompanha tendência de alta
No mercado interno, o preço do açúcar cristal também se valorizou, segundo o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 112,90, alta de 1,88% em relação a terça-feira (R$ 110,82). No acumulado de dezembro, o indicador registra valorização de 4,06%.
Por outro lado, o etanol hidratado, medido pelo Indicador Diário Paulínia, fechou em leve queda pelo segundo dia consecutivo, sendo negociado a R$ 2.997,50 por m³, contra R$ 3.003,50 do dia anterior, queda de 0,20%.
Produção na Tailândia e impacto no mercado global
O avanço do açúcar nas bolsas internacionais também está relacionado à decisão de produtores tailandeses de priorizar a mandioca em detrimento da cana-de-açúcar, devido à queda nos preços e a surto de doenças em algumas plantações, segundo a consultoria Green Pool. Essa mudança pode gerar restrições na oferta global de açúcar, afetando preços e estratégias comerciais de grandes exportadores, incluindo o Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio

