Açúcar tem forte alta em Nova York; café recua
18-09-2024
Mercado espera o anúncio do banco central americano sobre os juros nos EUA
Por Gabriella Weiss e Fernanda Pressinott — São Paulo
A bolsa de Nova York abre as negociações de commodities nesta quarta-feira (18/9) com o mercado à espera de um corte de juros nos Estados Unidos após quatro anos. O corte pode alimentar algum otimismo global e elevar o fluxo financeiro para países emergentes como o Brasil.
No que diz respeito às commodities, quando o dólar cai é natural que os exportadores segurem suas vendas, porque eles ganham menos em moeda local. Dessa forma, a oferta de produtos agrícolas diminui.
A maior elevação nesta abertura é no contrato de açúcar demerara com entrega para março, de 2,55%, 20,89 centavos de dólar a libra-peso. Além do câmbio, influencia o açúcar o fato de o petróleo ter subido fortemente ontem e o fato de o risco de incêndio continuar nas lavouras de cana do Brasil.
O petróleo avança em meio a conflitos no Oriente Médio e, quando o combustível fóssil tem alta, quase automaticamente o açúcar sobe porque os investidores entendem que mais cana será destinada ao etanol, em detrimento ao açúcar. O processo não é automático, mas interligado.
O cacau avança 0,51%, cotado a US$ 7.659 a tonelada. De acordo com a Trading Economics, os futuros da amêndoa atingiram seus recordes este ano, o que deflagra um ajuste de mercado para estabilizar os preços. O cacau aumentou 82,07% desde o início de 2024. “Historicamente, o cacau atingiu o máximo de US$ 12.261 a tonelada em abril de 2024. E agora entra em estabilização”, informou.
O suco de laranja sobe 0,71%, a US$ 4,8915 a libra-peso. O café arábica para dezembro por sua vez, vai na contramão das demais commodities, caindo 1,32%, a US$ 2,61 a libra-peso, após as últimas altas. O algodão acompanha, com os contratos para dezembro recuando 0,43% a 71,85 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Globo Rural