Adoção de medidas estruturantes mudará o país e o setor
10-06-2016

Para o setor de açúcar e etanol são necessárias políticas claras e que acarretem previsibilidade

“O pais precisa de muita credibilidade para que os investimentos voltem a ocorrer. O presidente Temer tem a chance de implementar medidas que tenham caráter menos populista e mais estruturantes. Para o setor de açúcar e etanol são necessárias políticas claras e que acarretem previsibilidade visando a continuidade da existência do negócio”, coloca Renato Pontes Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE.

Sobre a possibilidade de o governo aumentar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Cunha diz que além de arrecadar para o país, a Cide irá incentivar a matriz de combustíveis limpos, que desde 2008 está sendo preterida e relegada ao um segundo plano. “Precisamos fortalecer a cadeia produtiva dos combustíveis limpos que acarretam bônus ambiental e geram emprego, renda e tributos em favor de mais de 1 milhão de pessoas que gravitam direta ou indiretamente na cadeia produtiva da cana-de-açúcar. O consumidor poderá ter uma opção mais constante pelos biocombustíveis, se houver menos carga tributária para os combustíveis que beneficiam o meio ambiente”

O setor sucroenergético ainda não tem um interlocutor com o novo governo, mas isso não deverá demorar a ocorrer e, quando vier, Cunha acredita que a possibilidade do diálogo será aprofundada, principalmente ouvindo-se e levando-se em conta aqueles que geram emprego e renda. Na visão do Presidente do Sindaçúcar-PE, os governos precisam ter caráter mais regulatório e que o empreendedorismo tenha os privados como principais protagonistas.

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