Alta do etanol reflete o equilíbrio entre oferta e demanda
16-10-2015
A última pesquisa divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou que na primeira semana de outubro o preço médio do álcool nas bombas subiu 11,4% em Belo Horizonte.
No entanto, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig), Mário Ferreira Campos Filho, esse aumento é apenas reflexo de um equilíbrio maior entre oferta e demanda do produto.
"Quando iniciamos a safra deste ano, o preço do etanol para o produtor estava muito abaixo do valor praticado no ano passado. Um preço que não condizia com a nossa realidade, que não cobria os custos produtivos", explicou o dirigente.
Segundo ele, de abril a agosto, o produtor gastava de R$ 1,45 a R$ 1,50 para produzir o litro de etanol, mas vendia por R$ 1,20. Nessa época, a relação entre o preço do álcool e a gasolina chegou a 60%.
"Mas não há motivo para alarde por parte do consumidor da Capital. Mesmo que em alguns postos a relação de preço (entre álcool e gasolina) esteja acima de 70%, na maioria a relação ainda está na casa dos 60% e deve continuar assim. Não vejo espaço para mais aumentos", completou.