Andréia Vital: da infância nos canaviais à comunicação estratégica no agro

26-05-2025

A jornalista, que tem as “selfies” como marca registrada, explica como esse recurso fotográfico serviu de elemento de superação em sua trajetória

A jornalista Andréia Vital, nascida em São Simão - SP e criada entre os canaviais da antiga Usina Amália, na pequena Santa Rosa do Viterbo, transformou sua conexão com o campo em uma trajetória marcante na comunicação do setor agroindustrial.

Com mais de três décadas de carreira, ela une conhecimento técnico a uma paixão incomum: selfies, que se tornaram não apenas um traço pessoal, mas uma ferramenta de resiliência e superação.

Filha de um funcionário da usina, Andréia cresceu na Fazenda Amália, onde o canavial era seu playground. "Descascávamos cana com os dentes, brincávamos de esconde-esconde entre as folhas. Aquele cenário financiou meus estudos e sonhos", relembra. A relação com o setor moldou sua vida: do balé ao piano, tudo foi custeado pela cana-de-açúcar, que mais tarde também a sustenta profissionalmente.

A JORNALISTA DAS SELFIES

Formada pela UNAERP, Andréia construiu uma carreira diversificada. Trabalhou em redações, assessorou gigantes como a Brasil Ferrovias, atual Rumo Logística e atuou em feiras como a Fenasucro e Agrishow.

Mas foi em meio a desafios pessoais — um divórcio turbulento, um relacionamento complicado, a criação solo dos filhos Thaís e Arthur e uma fase de depressão — que a fotografia, especialmente as selfies, ganharam um significado vital.

Um dos seus sintomas depressivos foi o esquecimento das coisas, pessoas e lugares. “Então fotografar virou uma necessidade para superar o medo de ter minhas lembranças apagadas. Passei a registrar tudo e todos ao meu redor, para não esquecer aqueles momentos. Assim, ganhei um novo rótulo: ‘a jornalista que adora selfies’. Talvez nem todos entendam, mas essa ‘mania’ me salvou. Ainda hoje, se peço uma selfie, é porque aquele instante significa algo para mim. Fotografar é uma forma de expressão, uma maneira de contar histórias e reviver emoções”, realça a jornalista.

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