Apesar das oscilações do clima, a safra 2016/17 está sendo de recuperação para o produtor
07-07-2016

Uma característica de 2016 é o grande contraste do clima. Mas qual seria a influência das intempéries sobre a safra de cana-de-açúcar? Para Luiz Carlos Dalben, produtor rural da Agrícola Rio Claro, o índice de chuvas no início do ano foi bastante intenso: foram dois meses em que choveu 800 mm, o que atrapalhou muito até o desenvolvimento da cana. 

“Excesso de água a cana não gosta. Depois tivemos período de seca extremo, perto de 40 dias de seca, entre o fim de março e o mês de abril, se contrapondo ao período anterior, o que também não é bom.”
Depois, em maio e início de junho, as chuvas voltaram: “tivemos aqui mais de 20 dias de excesso de chuvas, e a safra ficou parada por cerca de 15 dias”.
Junto com as chuvas, também veio o frio. Em meados de junho, a geada caiu sobre umas áreas de Dalben. “Não foi em grandes proporções, mais nas regiões de baixada. Achamos que a safra será relativamente prejudicada.”
O primeiro semestre de 2016 foi de grandes emoções com o clima. “Essa mudança extrema de clima não é positiva para nenhuma cultura”, pontua.
Apesar da oscilação climática, o primeiro semestre foi de boa remuneração para o açúcar e o etanol. “Isto reflete para o produtor.”
A melhor remuneração do produtor vem desde 2015. “E acreditamos em pelo menos mais dois anos de tendência de preços bons, diferente dos últimos cinco anos.”
Se a cana está sendo bem remunerada neste ano, resta torcer para que o clima não prejudique a produção de matéria-prima para o decorrer do ano.

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