Apoio ao etanol geraria mais emprego no setor, diz Unica
05-08-2016

A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) comemora os resultados positivos no emprego formal no setor. Mas a direção da entidade que representa as usinas avalia que os números poderiam ser ainda mais positivos que os revelados em julho pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Levantamento feito pela Unica com base nos dados do governo federal mostram que a indústria de açúcar e etanol do Brasil gerou 34 mil postos de trabalho no primeiro trimestre da safra 2016/2017 (de abril a junho). No mesmo período em 2015, o saldo foi positivo em 8 mil vagas com carteira assinada.

Para a Unica, os números mostram a importância da cadeia produtiva sucroenergética para a geração de empregos no Brasil. No entanto, o setor ainda carece de políticas públicas mais amplas de incentivo, avaliam seus executivos, em nota oficial.

"A geração de novos postos de trabalho seria maior se tivéssemos medidas de longo prazo para estimular a expansão da oferta de etanol, biocombustível que além de proporcionar renda, também contribui para o meio ambiente e saúde da população", observa diretor técnico da Única, Antônio de Pádua Rodrigues.

De janeiro a junho deste ano, a cadeia produtiva da cana de açúcar gerou saldo positivo de 4.870 empregos com carteira assinada. O numero reverte o cenário do primeiro semestre do ano passado, quando as demissões haviam superado as admissões em 3.204 postos de trabalho.

Só em junho de 2016, foram abertas 6.736 vagas formais. O número supera o do mesmo mês do ano passado, quando o Caged registrou 3.662 admissões a mais do que as demissões na cadeia produtiva da cana.