As estratégias da Usina Caeté para impulsionar suas margens
29-11-2024
Araken Barbosa, diretor Financeiro e Comercial da empresa, participou da live - ‘A evolução do mercado bioenergético - A cana e seus vários produtos’. Realizada para conteúdo do livro ‘Cana de Tudo: do Açúcar ao Infinito’
Embora sua unidade matriz esteja localizada a apenas 60 km do Porto de Maceió, detentor de um dos maiores terminais açucareiros do mundo, a Usina Caeté direciona grande parte de seu açúcar para o mercado interno. Araken Barbosa, diretor Financeiro e Comercial da empresa, em sua participação na live ‘A evolução do mercado bioenergético - A cana e seus vários produtos’ – realizada para conteúdo do livro ‘Cana de Tudo: do Açúcar ao Infinito’ – salientou que essa estratégia permite melhor remuneração ao fugir da volatidade do mercado internacional.
“O mercado interno de açúcar apresentou um certo equilíbrio em termos de preço ao longo da história. Por conta disso, parte da nossa produção hoje permanece no Brasil, seja para atender indústrias como a Ambev, Coca-Cola e M. Dias Branco, ou o consumidor final através da nossa marca própria, que se posiciona como uma das líderes em market share no Nordeste.”
Com três unidades produtoras, duas em Alagoas e uma no Oeste Paulista, a Caeté se prepara para expandir ainda mais sua operação açucareira. Recentemente, o Grupo Carlos Lyra anunciou a aprovação da construção de uma fábrica de açúcar na unidade Paulicéia, SP. A nova planta deverá ser inaugurada na safra 2025/26. O aporte financeiro será de R$ 170 milhões.
Outra ação implantada pela Caeté para impulsionar suas margens é a venda direta de etanol hidratado. Atualmente, a empresa trabalha com cerca de 300 postos de combustíveis na região Nordeste. “Ao eliminar a distribuidora da operação, conseguimos obter um adicional de R$ 0,15 a R$ 0,20 por litro comercializado”, explicou Araken.
De acordo com o executivo, essas estratégias têm como objetivo impulsionar as margens ao negócio, que sofre na conjuntura atual, especialmente no que tange a remuneração do etanol. “O mix de produção da companhia como um todo é 64% alcooleiro e 36% açucareiro. Contudo, 54% da minha receita líquida vem das vendas do adoçante. Ou seja, estou produzindo em maior quantidade o produto que me agrega menos. Isso mostra o quanto alguns fatores externos, como o preço da gasolina, estão impedindo a maior competividade de nosso biocombustível.”
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