As medidas necessárias para a retomada do setor
27-06-2017

Participação de Fernando Coelho Filho no EthanolSummit 2017 empolgou o setor
Participação de Fernando Coelho Filho no EthanolSummit 2017 empolgou o setor

Ministro Fernando Coelho Filho diz que em poucos dias RenovaBiodeverá se tornar realidade

Ontem, 26 de junho, foi aberta a 6ª edição do EthanolSummit, evento internacional bianual realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que aconteceno World Trade Center (WTC), em São Paulo. Em seu discurso de abertura, Elizabeth Farina, presidente da Unica, disse que o setor passa por um momento ruim e preocupante, sem conseguir superar as cicatrizes deixadas pela crise de 2010.

Elizabeth salientou que três medidas são importantes para atrair investidores e aumentar a capacidade de produção do setor sucroenergético, uma é a diferenciação tributária a nível federal do biocombustível de cana. Em segundo, e também em curtíssimo prazo, é a retomada da tarifa da importação para o etanol, proposta em 17% pelo Ministério da Agricultura. A terceira, no longo prazo, é priorizar a redução de gases do efeito estufa, por meio do RenovaBio.
O programa RenovaBio, que está sendo costurado entre o setor e o governo federal, foi apontado por todos como fundamental para a retomada do setor, pois trata-se de um programa de longo prazo, que trará confiança para que haja investimentos. “Não se trata de subsídio, e, sim, uma definição sobre o espaço da cana-de-açúcar na matriz energética nacional”, observou Pedro Mizutani, presidente do Conselho da Unica.
Para o Brasil cumprir as metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa, propostas no Acordo do Clima de Paris, o setor terá de dobrar aprodução de etanol e atingir 50 bilhões de litros em 2030. Serão preciso novas unidades sucroenergéticas e investimento em tecnologias para aumentar a produtividade, pois o crescimento será, principalmente vertical, produzindo mais na mesma área.

Rubens Ometto, presidente do Conselho da Cosan, afirmou em sua participação no EthanolSummit, que sem o RenovaBio, o setor não conseguirá dobrar a produção de etanol até 2030 e, com isso, o Brasil não atingirá as metas de descarbonização. Para ele, dificilmente novas usinas serão instaladas, pois está mais barato comprar uma usina que investir em projetos de greenfield. “Uma nova usina sai por US$ 120 por tonelada e hoje você consegue comprar uma já funcionando por US$40 ou US$ 50 por tonelada.”

Hoje os biocombustíveis (incluindo etanol anidro e hidratado e biodiesel) ocupam 6% da matriz energética brasileira. A proposta com RenovaBio é chegar em 18% da participação em 2030. Para garantir a participação de 18% dos biocombustíveis na matriz energética brasileira até 2030, fala-se de investimentos entre US$ 12 bilhões, numa previsão mais tímida, até US$ 40 bilhões, relativos à abertura de mais de 40 novas usinas e investimentos diversos nas já instaladas.

Não há dúvidas de que o RenovaBio é a esperança do setor, mas frente a situação por que passa o governo brasileiro, muitos estão apreensivos sobre a realização do programa. Mas, ontem, em sua participação no EthanolSummit, Fernando Coelho Filho, ministro das Minas e Energia, ressaltou que: “Em poucos dias deveremos retirar o Se das perguntas do setor sobre o RenovaBio e fazer com que ele se torne uma realidade.” A informação animou o setor.

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