ATVOS adota sistema de produção híbrido entre convencional e terceiro eixo e alcança grandes ganhos de t. ATR/ha
08-10-2019

Prática será apresentada durante o 13º Grande Encontro Sobre Variedades de Cana, a ser realizado pelo Grupo IDEA nos dias 16 e 17 de outubro em Ribeirão Preto/SP

Em 2006, uma série de estudos conduzidos pelo Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC) culminou na criação de uma matriz tridimensional de produção de cana-de-açúcar, composta por três fatores: ambiente de produção, época de colheita e ciclo da planta. Popularmente conhecida como “Matriz do Terceiro Eixo”, essa prática vem ganhando espaço nas usinas e agrícolas brasileiras nos últimos anos.

Esse sistema consiste em colher os canaviais seguindo uma lógica de idade, iniciando a safra com as canas de estágios de corte mais novo e finalizando com canaviais mais velhos. Dessa forma, são abandonados os conceitos tradicionais de canas precoces, médias e tardias, já que com a “Matriz do Terceiro Eixo”, uma cana tardia pode acabar sendo colhida no começo da safra.

Um dos objetivos dessa prática é mitigar e reduzir a exposição dos canaviais a déficit hídrico, em especial daqueles com maior potencial de produção - cana planta e socas de segundo e terceiro corte. Estimativas apontam que, a cada 100 mm de redução no déficit hídrico no ciclo da cultura, é possível aumentar a produtividade de 7 a 10 TCH. Além disso, um maior período de crescimento do canavial, que ganhará um mês de idade durante a safra, resultará em melhor maturação e maiores taxas de produção.

Entretanto, quando se antecipa o corte dos canaviais, perde-se ATR. A pergunta que fica é: “O ganho de TCH obtido com o manejo do 3º eixo é suficiente para cobrir as perdas de ATR causada pela antecipação de idade de corte?”

Estas e outras questões serão respondidas nos dias 16 e 17 de outubro, pelos grupos sucroenergéticos que debaterão o conceito da “Matriz do Terceiro Eixo” durante o 13º Grande Encontro Sobre Variedades de Cana. O evento é uma idealização do Grupo IDEA e será realizado no Centro de Convenções de Ribeirão Preto/SP.

Um dos debatedores será o gerente corporativo da área de tecnologia agrícola da Atvos, eng. agrônomo Rogério do Nascimento. Segundo ele, o Grupo não realiza o terceiro eixo em sua essência, mas partes dele. “Adotamos um sistema híbrido. Preconizamos, por exemplo, que todas as canas plantas sejam colhidas até junho, inclusive as de variedades tardias. Porém, nas socarias, ainda colhemos seguindo os conceitos tradicionais.”

Outra dúvida que temos é a seguinte:” quanto gastamos a mais de transporte para execução deste conceito? O ganho de TCH paga a conta?”

O profissional explica que, devido aos ambientes de produção desfavoráveis encontrados nas regiões de atuação da Atvos e pela questão operacional - como tamanho de área -, adotar o Terceiro Eixo em sua totalidade seria uma prática inviável. “No entanto, esse sistema híbrido tem nos proporcionado grandes ganhos, como substanciais incrementos de t.ATR/ha.”   

Para acompanhar o debate sobre a “Matriz do Terceiro Eixo” e seus benefícios, não perca o 13º Grande Encontro Sobre Variedades de Cana. Conheça a programação completa do evento no site http://www.ideaonline.com.br/conteudo/13-grande-encontro-sobre-variedades-de-cana.html.

 

Serviço

13º Grande Encontro Sobre Variedades de Cana

Data: 16 e 17 de outubro de 2019

Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto

Mais informações: (16) 3211-4770 - E-mail: eventos@ideaonline.com.br 

Inscrições: http://www.ideaonline.com.br/conteudo/13-grande-encontro-sobre-variedades-de-cana.html