Atvos conta com ampla estrutura de combate e trabalho de conscientização para conter os incêndios
28-08-2018

Incêndio atingiu mais de 1200 hectares na Usina Santa Luzia, unidade da Atvos em Nova Alvorada, MS

No dia 20 de julho, ocorreu um incêndio que atingiu mais de 1200 hectarescom cana da Usina Santa Luzia, da Atvos, unidade da Atvos emNova Alvorada do Sul, MS. A Santa Luzia nasceu na era da mecanização e nunca utilizou o fogo para a colheita de suas áreas.

O superintendente do Polo Santa Luzia, a qual pertence a unidade, Danilo Bertoli, conta que o incêndio foi um ponto fora da curva, já que a empresa investe constantemente em tecnologias e ferramentas para o combate e prevenção. “A grande maioria dos focos deste ano foram simples e puderam ser combatidos rapidamente, sem grandes prejuízos, graças a efetividade da nossa brigada.”

Bertoldi afirma que, naquele dia, o vento forte ajudou a espalhar o fogo, que começou em pontos distintos, o que reforça a tese de origem criminosa. “Mesmo com uma equipe numerosa de combate – mais de 50 pessoas – e uma ampla estrutura – que incluiu nove caminhões pipas, sete veículos de apoio, moto niveladoras e pá carregadeiras -, o combate foi difícil e levou horas para ser concluído.”

Os prejuízos, segundo Bertoli, foram consideráveis. O superintendente explica que parte do canavial queimado já havia sido colhido e recebido novos tratos culturais, que foram perdidos e tiveram que ser refeitos. Detalhe: com dose extra de adubos em função da não mais presença da palha sobre o solo, que atua na ciclagem de nutrientes.

Já a área queimada de canavial possuía canas “novas”, com programação de colheita apenas para outubro. “Com o fogo, fomos obrigados a colher com dois meses de antecedência. Perdemos ATR porque ela ainda não estava no seu ponto de maturação ideal.”

O superintendente do Polo ressalta que, diferente do que muitos pensam, a queima da cana causa um prejuízo muito grande para as usinas, que não se beneficiam mais desse ato. “Lá atrás, na época dos cortadores de cana, ela era necessária para se fazer um volume maior de colheita. Hoje, com o advento da mecanização, não faz mais sentido.”

Um ponto curioso – e que reforça a afirmação de Bertoli – é o fato de que, atualmente, as unidades agroindustriais possuem uma estrutura muito mais robusta de combate a incêndios do que na época em que a cana era queimada. A Atvos, por exemplo, conta com uma equipe treinada e muito bem estruturada, com caminhões pipas e caminhonetes de apoio localizadas em pontos estratégicos com o objetivo de chegar o mais rapido possível nos focos de incêndio. Há, também, uma equipe de bombeiros em cada frente de colheita. Todos os dias e em todos os turnos.

Mas Bertoli ressalta que todas essas ferramentas não são utilizadas apenas para apagar incêndios em canaviais. Com certa frequência, a empresa auxilia no combate em culturas vizinhas e também em áreas urbanas. “Firmamos um plano de auxílio mútuo com o corpo de bombeiro de Nova Alvorada Do Sul. Dessa forma, um ajuda o outro quando necessário.”

A Atvos possui também um amplo trabalho na questão da conscientização junto à comunidade. No último dia 15 de agosto, por exemplo, a Usina Santa Luzia realizou uma manhã de esclarecimento contra os incêndios. Foram entregues à população panfletos explicativos com dicas de como evitar e prevenir situações que envolvam as queimadas, principalmente nesta época do ano em que o clima é mais seco e as chuvas são mais escassas.

Com a presença dos jovens do projeto “Bombeiro na Escola - Aluno Cidadão” e de integrantes da Brigada de Incêndio da unidade, a ação de mobilização local esclareceu as principais dúvidas da população. Além dessa ação, a Atvos promove ainda uma série de atividades locais. Conhecido como “Juntos pela Comunidade”, o projeto contempla palestras, panfletagens e esclarecimentos nos meios de comunicação da cidade.

Durante todo o mês de agosto, a Unidade Santa Luzia abordou o tema no seu programa “Minuto Atvos”, nas rádios locais. Realizou também palestras de esclarecimento e conscientização para jovens do projeto “Bombeiro Cidadão” e professores da rede municipal e estadual de ensino. A empresa também prevê outdoors de conscientização nas estradas para os motoristas que chegam ou saem da cidade.

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