Aumento do anidro na gasolina não prejudica os automóveis
20-03-2015

Existe muita especulação e informação equivocada sobre o assunto. Mas os testes mostraram que a variação no consumo entre o E25 e o E27 é quase nula

Entrou em vigor esta semana o aumento da mistura do etanol na gasolina, dos atuais 25% para 27%. Com a confirmação da medida, anunciada no início do mês pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o que se viu foi uma enxurrada de matérias na imprensa nacional que afirmam que o aumento danificará os automóveis movidos exclusivamente à gasolina, especialmente aqueles mais antigos, e causará, também, perda de eficiência, gerando custos extras aos proprietários.

Porém, segundo Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), o aumento do teor de etanol na gasolina se deu apenas após uma longa série de testes feita junto às montadoras e acompanhada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Foram realizados diversos ensaios, tanto em veículos antigos (carburados) como em mais recentes, que buscaram avaliar consumo, dirigibilidade, desempenho, partida a frio, desgaste de componentes e qualidade do combustível em armazenagem.”

Os resultados mostraram, segundo Szwarc, que a variação de consumo entre o E25 e o E27 é quase nula, ou seja, o consumidor não vai sentir a diferença no bolso. “Já vi comentários na imprensa nacional que o consumo do automóvel pode aumentar em até 6%, o que não corresponde à realidade. Alguns modelos apresentaram uma diferença, mas de apenas 1%, sendo que a grande maioria mostrou equivalência no consumo, principalmente em condição de uso em trânsito urbano”.

Com relação aos comentários sobre possíveis problemas mecânicos, o consultor da Unica afirma que esses não passam de especulação. 

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