Biocombustível: BNDES aprova R$ 384,3 Mi para projeto inovador de estocagem de CO2 da FS
10-12-2025

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 384,3 milhões para apoiar o projeto inovador da FS Indústria de Biocombustíveis de captação e estocagem de CO2 a partir da produção de etanol de milho em Lucas do Rio Verde (MT).

Com recursos do programa BNDES Mais Inovação, a FS vai construir uma unidade pioneira capaz de comprimir, injetar e armazenar CO2 no subsolo, de forma definitiva e em profundidade adequada, nos reservatórios sedimentares salinos da Bacia dos Parecis, subjacentes à região da indústria. Segundo comunicado do BNDES, o projeto é o primeiro do País e usa a tecnologia chamada de Bioenergy with Carbon Capture and Storage (BECCS), derivada de um processo já utilizado na indústria, o Carbon Capture and Storage (CCS).

Com a instalação pioneira do projeto, a FS pretende remover 100% de sua emissão de CO2 (cerca de 423 mil toneladas por ano) da unidade de Lucas do Rio Verde. Além disso, a empresa terá potencial de produção do combustível de menor pegada de carbono do mundo, considerando que o projeto BECCS seria aliado da utilização de milho de 2ª safra e biomassa renovável.

“O financiamento aprovado pelo BNDES reforça o compromisso do Banco, que atua em sintonia com a agenda de transição energética do governo do presidente Lula, de contribuir com a descarbonização no país e com a implementação de um ativo mercado de carbono. A remoção de 423 mil toneladas de CO2 da atmosfera por ano contribui com o compromisso do governo brasileiro de redução de emissões de gases de efeito estufa firmado no Acordo de Paris”, disse na nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

De acordo com Rafael Abud, CEO da FS, a implementação do projeto BECCS é um passo crucial para a visão de futuro da companhia. “O BECCS representa um avanço decisivo na nossa trajetória de sermos referência global em combustível de pegada de carbono negativa. Essa tecnologia abre novos mercados, como o de créditos de carbono, e posiciona o Brasil na vanguarda da transição energética”, afirmou.

(Equipe AE)

Fonte: Broadcast