Biosev tem aumento de 17,0% do EBITDA ajustado unitário no 1T20, com aumento de 10,5 p.p. na margem EBITDA
16-08-2019

  • CPV caixa unitário ex-revenda foi reduzido em 15,1%
  • Mix de etanol atingiu 66,3%, maior da história da companhia para o período
  • TCH cresceu 3,8%, atingindo 88,4 ton/ha
  • Redução das despesas gerais e administrativas em 16,5%
  • Moagem atingiu 10,9 milhões de toneladas

 

Biosev S.A. (B3:BSEV3), uma das líderes do setor sucroenergético, fechou o primeiro trimestre da safra 19/20 com EBITDA ajustado unitário 17,0% maior do que o mesmo período do ciclo anterior, atingindo R$ 26,8 por tonelada, versus os R$ 22,9/ton registrados no início da safra 18/19.

A margem EBITDA foi de 34,2%, um aumento de 10,5 p.p. em relação ao 1T19. Os resultados são consequências principalmente da redução do CPV caixa ex-revenda em bases unitárias e de menores despesas com vendas e gerais e administrativas.

O mix de etanol no período foi de 66,3%, 1,4 p.p. maior do que na safra passada e o maior índice da história da Biosev para o período, devido à maior rentabilidade do produto frente ao açúcar. “Como parte do nosso programa de competitividade operacional, estamos sempre atentos às movimentações do mercado para decidirmos, estrategicamente, qual produto oferece maior rentabilidade em cada momento”, explicou Juan José Blanchard, presidente da Biosev.

A companhia atingiu um volume total de moagem de 10,9 milhões de toneladas no 1T20, valor 3,4% menor em relação ao período anterior. A variação é resultado principalmente da redução na área colhida devido a condições climáticas desfavoráveis entre abril e junho, parcialmente compensada pelo aumento de produtividade, com aumento de 3,8% no índice de TCH.

Foram investidos R$ 278,8 milhões no primeiro trimestre da safra, alta de 39,7%. O valor foi aplicado principalmente na área agrícola, com a aquisição de novas colhedoras e investimentos em plantio para renovação dos canaviais. “Essa aplicação faz parte da nossa estratégia de tornar a operação agroindustrial cada vez mais produtiva e rentável”, afirma Blanchard.

Excluindo os efeitos contábeis (não caixa) do hedge accounting da dívida em moeda estrangeira (HACC), a receita líquida foi de R$ 1,8 bilhões, 8,6% menor do que no 1T19. A performance é explicada pelos menores volumes de açúcar — efeito pontual da estratégia de mix mais alcooleiro, que aumentou 1,4 p.p. — e menor moagem afetada pelas condições climáticas desfavoráveis no período da colheita, parcialmente compensados por preços médios maiores de açúcar e etanol com produtos de maior valor agregado, como o anidro. Excluindo-se os efeitos das operações de revenda, a receita líquida da Companhia atingiu R$ 1 bilhão, 4,6% inferior em relação ao 1T19.

A companhia continua a apresentar redução de custos, consolidando iniciativas para readequar estruturas e se tornar mais resiliente em um ambiente de preços volátil. O CPV caixa ex-revenda atingiu o montante de R$ 520,7 milhões, 15,1% inferior em relação ao do 1T19. As despesas gerais e administrativas também tiveram uma redução de 16,5% no 1T20 em comparação ao ciclo anterior.

O resultado líquido do trimestre registrou prejuízo de R$ 168,9 milhões versus um prejuízo de R$ 506,5 milhões no mesmo período do ciclo anterior. O resultado foi impactado por variação cambial líquida positiva e redução de custos e despesas no período, anulados parcialmente por menores receitas devido menor moagem impactada pelas condições climáticas desfavoráveis no período da colheita, como também por redução de ganhos com a marcação a mercado e liquidação de operações com derivativos, quando comparado com o 1T19.

 

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