Boyd Biotech - acelera a liberação de variedades que são provenientes de pesquisas realizadas no exterior
28-06-2022

 William, além de especialista é um amigo da cana-de-açúcar
William, além de especialista é um amigo da cana-de-açúcar

Variedades que participam da CopaCana, uma Copa do Mundo que tem como objetivo trazer muitos benefícios às unidades sucroenergética e aos produtores

Para organizar a CopaCana – Copa do Mundo de Variedades de Cana – o pesquisador William Burnquist criou a Boyd Biotech após a sua saída em 2019 do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, de Piracicaba, SP.  O projeto tem despertado interesse, pois acelera a liberação de variedades que são provenientes de pesquisas realizadas no exterior. “A África do Sul tem secas piores do que aqui. Eles são nós amanhã. A gente fica falando que está piorando o clima no Brasil. Estamos procurando locais com climas piores do que o nosso, que cultivam cana com relativo sucesso”, observa William.

A inovação da CopaCana é contar com materiais do exterior, escolhidos após muita garimpagem e longas conversas com pesquisadores de outros países. Antes de serem plantadas nas usinas parceiras, elas passam por rigorosa quarentena e são multiplicadas. Todos os anos programas de melhoramento de países participantes fornecerão variedades para serem testadas em solo brasileiro. “Em dois anos, é possível ter uma ideia do potencial desse material. Não há a demora que ocorre no desenvolvimento de uma nova variedade, pois a pesquisa já foi feita no exterior. Com poucos recursos, vamos viabilizar e oferecer um produto inovador e diferente”, afirma. 

As “campeãs” e os destaques da Copa do Mundo de Variedades de Cana, ou seja, os que driblarem dificuldades e apresentarem bom desempenho, serão “classificados” para uma nova fase a partir de 2023 ou 2024, quando o material começará a ser disponibilizado para o plantio comercial. A CopaCana terá muitos vencedores – conforme avalia o especialista William Burnquist – que proporcionarão diversos benefícios para unidades sucroenergéticas e produtores de cana.

Outra novidade da CopaCana é o sistema de monitoramento e análise dos resultados em campo. William Burnquist trouxe dos Estados Unidos o sistema de fenotipagem digital, que basicamente faz o acompanhamento dos experimentos com drones que capturam informações periódicas sobre o desenvolvimento das plantas. “O sistema permite uma economia de mão de obra na avaliação dos experimentos. É uma metodologia muito mais objetiva do que a gente fazia no sistema de melhoramento tradicional, que tinha muitas verificações subjetivas. Na fenotipagem digital, é possível constatar, com maior precisão, qual a cobertura de determinada variedade na parcela”, compara.

 Dentro da programação da 14ª Megacana, William levou a CopaCana à usina Petribú em Pernambuco

A CopaCana faz parte também da programação da 14ª Megacana Tech Show Brasil – promovida pela Canacampo (Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido) e Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais)  –, que tem a finalidade de mostrar a importância do mercado da cana-de-açúcar para o agronegócio brasileiro. O evento (online e presencial), que começou em março e termina em novembro, viaja o país com a Megacana TV, que vai ao ar às quintas-feiras, às 19h.  Em novembro, no dia de campo de encerramento da feira, será possível conferir ensaio em campo da CopaCana in loco.

VEJA MATÉRIA COMPLETA SOBRE A COPACANA - http://www.canaonline.com.br/conteudo/copacana-a-copa-do-mundo-de-variedades-de-cana-de-acucar-movimenta-setor-sucroenergetico.html