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BP Bionergy alerta para impacto da praga “Pão-de-Galinha” em Goiás

A BP Bionergy chamou atenção para a praga conhecida como “Pão-de-Galinha” (Melolonthidae), que tem causado danos relevantes, sobretudo na usina Tropical - GO, onde predominam as espécies Diloboderus e Phyllophaga. Segundo Hayrá Reis, Gerente Corporativa de Fitotecnia, Experimentação e Qualidade da BP, em apresentação no Insectshow, realizado na última semana, em Ribeirão Preto – SP, as perdas já somam cerca de 200 mil toneladas de cana em duas unidades, reforçando a necessidade de rever a percepção sobre o impacto do inseto.

O mapeamento do ciclo do Diloboderus mostrou que a oviposição ocorre entre janeiro e março, preferindo áreas com alta matéria orgânica, como bacias de vinhaça. As larvas passam quase todo o ano no solo, com três instares. A pupação inicia em outubro, quando os defensivos são pouco eficazes, e a revoada dos adultos tem pico entre 19h30 e 20h30, associada às chuvas. “O problema não é o produto, é o timing da aplicação”, destacou Reis.

A identificação das espécies é feita com trincheiras padronizadas de 50 cm, que contabilizam larvas por profundidade e estágio. O levantamento, realizado há três anos, é apoiado por dados climáticos e uso de armadilhas luminosas para quantificar adultos, especialmente os grandes besouros de Diloboderus.

A BP tem investido em nematoides entomopatogênicos, com resultados visíveis após 15 dias em áreas comerciais, além de expandir o uso de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae via vinhaça localizada.

Entre os desafios, a empresa aponta a falta de mão de obra para monitoramento manual intensivo e defende o avanço de tecnologias de campo. “Não há controle eficiente sem conhecer o inimigo. Entender ciclo e hábito é essencial; sem isso, é apenas jogar produto no escuro”, concluiu a especialista.