Brasil atua contra o protecionismo da Índia e da Tailândia no mercado de açúcar
14-12-2015

No início de dezembro, no 14º. Seminário de Produtividade & Redução de Custos, Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA (União da Indústria de Cana-de-açúcar), falou sobre as projeções para o curto prazo do mercado mundial de açúcar. “Vamos sair de um ciclo de mercado superavitário, ou seja, de um cenário de excesso de açúcar, vamos entrar num ciclo de um mercado precisando do açúcar brasileiro”, disse.

Esse quadro é um alívio para o produtor brasileiro depois de alguns anos de preços ruins. Segundo ele, há quatro ciclos o Brasil reduz a produção e a exportação de açúcar e, mesmo assim, os preços continuam caindo, “principalmente por conta da política da Índia e da Tailândia de subsídios à exportação e ao incentivo à maior produção de açúcar”.
Isto levou a UNICA a investir cerca de R$ 15 milhões para financiar, junto ao Itamaraty, uma ação contra o protecionismo praticado por estes dois países asiáticos. “O objetivo é que deixem o mercado funcionar.”
Agora, segundo Padua, o mercado entra num ciclo de falta de açúcar e com uma variável: “se tem uma perspectiva da relação Dólar x Real, para o final de 2015, na faixa de R$ 3,93 para cada dólar, ou ainda de R$ 4,19 para o fim de 2016”.
Na avaliação do diretor da UNICA, isso poderá ter impacto no custo de produção, no caso de alguns itens, mas o maior impacto estará na receita, “uma vez que 70% da nossa cana, daquele volume que é destinado ao açúcar, terá como destino o mercado externo”.

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