Brasil pode exportar 2 bilhões de litros de etanol, mas não tem produto
13-06-2016

Estados Unidos abrem caminhos para o etanol e Bolívia foi quem mais exportou para a Europa

No primeiro governo do presidente Lula, 2003/2006, uma de suas previsões era:“o Brasil vai invadir o mundo com etanol”. Porém, em seu segundo mandato, Lula já havia trocado o etanol pelo Pré-Sal. E a gestão Dilma enterrou de vez essa projeção, quebrando o setor ao congelar o preço da gasolina.

Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria, observa que ao invés do Brasil, quem passou a abrir caminho para o etanol pelo mundo, são os Estados Unidos, que a partir de 2015 assumiu o primeiro lugar como exportador de etanol. Naquele ano, o Brasil se tornou o segundo maior comprador do etanol produzido nos Estados Unidos, depois do Canadá. As Filipinas, China, Coreia do Sul e Índia completam a lista dos principais importadores do biocombustível norte-americano.

Os EUA também é o maior produtor de etanol do mundo, com volume na casa dos 50 bilhões de litros, já a produção brasileira de etanol na safra 2015/16, foi de 30,5 bilhões de litros, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O maior consumo de etanol pelo mundo - mais países adicionam o combustível verde a gasolina; e aumento de porcentagem por aqueles quejá realizam a adição – abre espaço para que o Brasil volte a figurar como grande exportador, até mesmo para os Estados Unidos, já que produzimos etanol de cana-de-açúcar, considerado avançado e valorizado no país norte-americano.

No entanto, o efeito Dilma fechou usinas, sucateou o setor e freou a produção. “O Brasil poderia exportar este ano dois bilhões de litros de etanol, mas não tem produto. É muito triste, principalmente quando vemos que foi a Bolívia quem mais exportou etanol para a Europa em 2015”, diz Nastari.
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