Broca gigante se alastra pelos canaviais do centro-sul
03-09-2015

A broca gigante, Telchinlicuslicus (Drury) (Lepidoptera: Castniidae), é conhecida na região Nordeste desde os anos de 1920, e considerada a pior praga da cana naquela região, podendo levar a perdas de até 100% nas áreas atacadas.

Em julho de 2007, em uma fazenda na cidade de Limeira, interior paulista, foi registrada a primeira ocorrência da broca gigante fora da região Nordeste. Depois disso, a praga começou a ganhar os canaviais paulistas,e já foi encontrada nos canaviais do sul de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul.Sua proliferação é agressiva, com perdas de produtividade média de 15 toneladas de cana por hectare por ano.
A forma adulta da broca-gigante é uma borboleta preta com uma faixa branca transversal nas asas anteriores. As asas posteriores apresentam uma faixa branca curva e sete manchas vermelhas na margem externa. As brocas adultas aparecem no verão e põe ovos em touceiras velhas, no meio dos detritos e caules cortados. As lagartas são grandes - 80 mm de comprimento - brancas, com algumas pintas pardas na parte dorsal. A largura é decrescente da parte toráxica para a anal. A pupa se transforma dentro de um casulo feito de fibras de cana e dá origem a um adulto que viverá até 15 dias.
Os prejuízos causados pela broca gigante são:
• galerias verticais;
• destruição completa do colmo por causa do tamanho;
• redução do poder germinativo;
• coração morto;
• podridões.

Segundo pesquisadores, a broca gigante é “praga-chave” da cana e de difícil controle, pois a larva fecha o buraco (orifício ocado) logo após o corte da cana, dificultando o acesso de predadores e tornando ineficiente a aplicação de inseticidas. O controle manual (catação da praga) é o método mais utilizado até o momento, porém os custos são elevados.

Fazem-se levantamentos populacionais por amostragens e quando constatado sua presença, efetua-se o controle manual. A lagarta é coletada manualmente imediatamente após o corte, com auxílio de ferramentas apropriadas, matando-se no primeiro dia até 65% das mesmas. No quinto dia não há mais eficiência de controle, pois ela migra para outro colmo. Numa segunda etapa (45 dias depois), avalia-se o coração morto e retira-se o broto ou perfilho atacado com outro tipo de enxadinha.

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