Cacau, açúcar e algodão começam o dia em alta em Nova York
02-10-2024
Café opera em baixa no início da sessão
Por Isadora Camargo — São Paulo
Após um desce e sobe, os contratos do cacau de primeira posição, os de maior liquidez nesta manhã de quarta-feira (2/10), operam em US$ 7.081 a tonelada, uma alta de 0,60%, com os traders notando a liquidação de fundos de posições longas.
Nos últimos dias, os futuros da amêndoa tiveram uma brusca queda e os preços voltaram a operar mais próximos dos US$ 6 mil por tonelada, por outro lado, as perspectivas de déficit global continuam latentes. Analistas apontam que poderão faltar cerca de 400 mil toneladas de cacau no mundo, devido às quebras de safras nos países produtores, como Costa do Marfim, Gana e até Brasil - em menor proporção - por conta das adversidades climáticas.
Diante do cenário, os contratos para março de 2025 também sobem, com valorização de 0,89%, cotados a US$ 6.039 a tonelada.
Nas negociações do açúcar demerara, há alta de 0,52% para os contratos de vencimento em março de 2025, cujo preço está em 23,09 centavos de dólar por libra-peso.
A consultoria Trading Economics continua atribuindo às altas recentes às secas que assolam regiões produtoras no Brasil, agravadas pelos incêndios nos canaviais paulistas. Outro fator que impulsiona esta manhã os preços do demerara é a alta do petróleo bruto em mais de 4%, que faz aumentar a demanda por etanol, levando as usinas de açúcar a desviarem a produção do subproduto, restringindo a oferta de açúcar.
O algodão, por sua vez, sobe 0,38%, cotado a 73,37 centavos de dólar por libra-peso para os lotes com prazo para dezembro. O aumento está sustentado em negociações pontuais do mercado, enquanto se espera mais dados sobre a safra americana.
Na contramão de todas as soft commodities, o café arábica com vencimento cai 0,68%, ficando a US$ 2,6235 a libra-peso, uma das menores cotações da última semana. As chuvas pontuais nas zonas produtoras, especialmente do Brasil, pesaram sobre a depreciação, mas ainda mantendo o grão nos bons patamares de preço.
“Para aumentar ainda mais a pressão, os estoques de café arábica monitorados pelo ICE atingiram o maior nível em um ano e meio, de 858.474 sacas, uma recuperação significativa em relação ao mínimo de 24 anos, de 224.066 sacas, registrado em novembro de 2023”, detalhou a Trading Economics.
Fonte: Globo Rural