Cana-de-açúcar se mantém como grande empregadora no Nordeste
16-12-2019

No Nordeste, o corte manual da cana ainda predomina
No Nordeste, o corte manual da cana ainda predomina

As 40 unidades sucroenergéticas distribuídas em oito estados geram cerca de 280 mil empregos formais diretos

A região Nordeste do Brasil já foi a maior produtora de cana-de-açúcar do mundo, hoje representa cerca de 10% da produção nacional. Mesmo assim, a cultura canavieira se mantém como grande geradora de empregos e renda na região.

Na safra 2019/20, 40 usinas, distribuídas em oito estados, estão moendo. Alagoas é o maior produtor, conta com 19 unidades em funcionamento, em segundo vem Pernambuco, com 13. A topografia acidentada, principalmente no sul de Pernambuco e norte de Alagoas, é um grande entrave para a mecanização da lavoura, assim, a maior parte das operações é realizada de forma manual.

“O Brasil precisa de empregos, e isso a cana-de-açúcar oferece. A atividade canavieira voltou a ser a maior empregadora do Nordeste. Em nossa região, os números do IBGE são sempre marcados na época de safra, de setembro a março. O setor emprega cerca de 280 mil trabalhadores em empregos formais diretos. Mas o cluster da cana nordestina é possível que envolva entre direto e indiretos 1 milhão de empregos. Não é desprezível. Até porque as atividades são mais manuais. Tem usinas que empregam cinco mil pessoas. Então é atividade bastante consistente e intensiva na mão de obra”, diz Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE e da Novabio.

A topografia acidentada em grande parte da região emperra a mecanização das atividades, o que leva às práticas manuais

Segundo Renato Cunha a safra 2019/20 na região Norte-Nordeste deve apresentar crescimento na moagem total de cana. Indo de 47 milhões de toneladas na safra 2018/19 para cerca de 53 mi/ton. Um crescimento perto de 11% a 12%. “Esse acréscimo é decorrente de um clima melhor e de um mercado que, no ano passado, teve maior liquidez na comercialização do etanol, sendo uma realidade a consolidação na mente e no comportamento do consumidor, que ele procura agora consumir etanol como seu principal combustível veicular. Já há uma tendência mais consolidada deste tipo de escolha do consumidor, pelo fator ambiental e pela competitividade de preço.”

O cenário para a safra 2020/21 no Nordeste é promissor, inclusive, com a reabertura de mais usinas, o que vai aumentar a geração de emprego e renda.

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