Cana-de-açúcar também é coisa de mulher
12-01-2016

O Brasil, Pernambuco e dona Brites deixaram o mundo mais doce

As mulheres respondem por cerca de 20% dos profissionais que atuam nas unidades sucroenergéticas, isso sem contar com as produtoras de cana, que cada vez mais assumem o posto de comando do trato da lavoura ou a gestão agrícola.

Tem gente que pode dizer que a cultura canavieira não é coisa de mulher. Quem tem esse pensamento engana-se muito, pois foi uma mulher que promoveu o desenvolvimento da lavoura canavieira no Brasil. Em 1535, Duarte Coelho se instalou na Capitania de Pernambuco como seu primeiro donatário, fundou a cidade de Olinda e com seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque, montou o primeiro engenho de cana de Pernambuco.

Por volta de 1550, Duarte Coelho voltou para Portugal com seus dois filhos e deixou sua esposa, dona Brites de Albuquerque não só para tocar os negócios da família, mas também para administrar a Capitania e expandir o negócio da cana-de-açúcar.
E ela fez isso muito bem, negociou com os indios, abriu novos engenhos, ampliou área de cultivo. Aumentou a comercialização, enviava dinheiro para estudar os filhos em Portugal.

Assim, o Brasil, Pernambuco e dona Brites deixaram o mundo mais doce. Socializaram o açúcar, que até então era considerado uma especiaria muita cara, só quem tinha acesso eram os nobres e o alto clero. Dona Brites morreu em 1584, era chamada de Capitoa e considerada a mãe de Pernambuco.
A visão das mulheres para o desenvolvimento do setor sucroenergético será um dos destaques dos destaques do V Encontro Cana Substantivo Feminino, que acontece em 10 de março de 2016, no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP.
Informações e inscrições grátis no site – www.canasubstantivofeminino.com.br