Capim camalote invade os canaviais
13-10-2014

Planta da família botânica Poaceae, o capim Camalote possui ciclo de vida anual ou perene, dependendo das condições ambientais. Ele se reproduz a partir de sementes podendo, também, ser multiplicado por pedaços de caule, os quais possuem gemas em seus nós. Pode atingir de um metro a um metro e meio de altura, ocupa um metro quadrado, e é capaz de produzir por volta de 15 mil sementes, que podem ficar dormentes nos solos por até quatro anos.
Segundo Pedro Jacob Christoffoleti, professore pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, área de biologia e manejo de plantas daninhas, embora essa daninha apresente crescente importância, poucos são os estudos envolvendo-a no Brasil. “Estima-se que, considerando-se as distintas regiões canavieiras do mundo, existam cerca de 1.000 espécies de plantas daninhas habitando o agro ecossistema da cana-de-açúcar. De todas elas, o camalote é classificado como uma das 18 piores do mundo. Na cultura da cana-de-açúcar, a espécie está entre as doze piores”.
Pesquisadores da Bayer CropSicence afirmam que, devido sua grande capacidade de dispersão e difícil controle, esta planta infestante tem incomodado boa parte dos produtores canavieiros. Isto porque, anteriormente, a cana era queimada e o fogo também destruía grande parte das touceiras deste capim, inviabilizando a sua dispersão. “Com a chegada da colheita mecanizada de cana crua, a própria máquina passou a ser uma grande dispersora destas sementes, aumentando o problema de infestação do camalote. Outro aspecto é que não temos métodos efetivos de manejo desta gramínea, pois os herbicidas indicados para seu controle não possuem o residual de controle esperado pelo produtor nas condições atuais de produção”.
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