Carina Ayres é uma mulher do campo que faz a diferença dentro e fora da porteira
25-04-2025

Carina aprendeu que toda a cadeia começa com a muda, por isso, é fundamental que a muda seja de excelência. Divulgação Citrosol
Carina aprendeu que toda a cadeia começa com a muda, por isso, é fundamental que a muda seja de excelência. Divulgação Citrosol

Com mais de 50% do quadro de funcionários composto por mulheres, Citrosol destaca-se na citricultura e, mais recentemente, na canavicultura

Carina Ayres é a representação viva da tradição familiar no agronegócio. Neta de pequenos cafeicultores de Mendonça - SP, trabalha e reside em uma fazenda que carrega mais de 75 anos de história. Um legado de amor pelo campo passado de geração para geração e que, com certeza, perdurará por anos a fio.

Tudo começou com seu avô materno. Descendente de italianos, João Rodante nunca teve medo do trabalho pesado. Em 1948, usou suas economias para comprar uma pequena fazenda nos arredores de São José do Rio Preto - SP. Mata virgem, repleta de perobas e ipês, suou a camisa para abrir a área e iniciar o cultivo. Dozolina Passarini, sua esposa, sempre esteve ao seu lado. Destemida, chegou a fazer um poço caseiro para captação de água na nova propriedade.

Mesmo sem escolaridade, o casal criou um negócio rentável e em linha com os conceitos hoje conhecidos como ESG (Ambiental, Social e Governança na sigla em português). Seu João foi um dos primeiros proprietários de terras da região a registrar seus funcionários. Montou uma escolinha na propriedade, onde colocou suas filhas Alayde (mãe de Carina) e Dirce para lecionar para as crianças e adolescentes. Também se preocupava com a vida do solo. Foi pioneiro na rotação de culturas, mesmo sem entender ao certo os benefícios da prática.

“Meu avô era um homem que não possuía conhecimento científico, mas tinha o saber do campo. E ele procurou passar isso para seus filhos e netos. Eu cresci em meio aos cafezais e animais da fazenda. Quando criança, adorava acompanhar a colheita dos grãos, acordar cedo para tirar leite das vacas. Meu amor pelo campo brotou ali, semeado por ele”, conta Carina.

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