Chuva, dólar e incentivo à exportação impactam negativamente preço do açúcar
25-02-2015

O açúcar começou a semana desvalorizado no mercado internacional. Nesta segunda-feira (23), a bolsa de Nova York registrou queda de oito pontos no vencimento março/15, cotado a 14,31 centavos de dólar por libra-peso. Os lotes maio e julho/15 tiveram retração de 19 pontos.

Em Londres, o açúcar caiu 3,30 dólares na tela de maio/15, comercializado a US$ 377,70 a tonelada. O maior recuo foi na tela março/16. A commodity caiu 3,60 dólares e os negócios foram firmados em US$ 413,20 a tonelada.

Os analistas consultados pelo jornal Valor Econômico de hoje (24) disseram que a retração é reflexo da alta do dólar, do clima úmido no Brasil e dos subsídios da Índia à exportação. A moeda americana teve forte alta frente ao real até a metade do dia, antes de voltar-se ao campo negativo, mas foi suficiente para pressionar as cotações do açúcar.

A previsão de mais chuvas no Centro-Sul do Brasil nesta semana reduz o estresse hídrico dos canaviais. O incentivo à exportação na Índia e o excedente da última safra na Tailândia também pressionou as cotações, segundo a análise.


Mercado interno

O açúcar voltou a subir ontem, segundo os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicacada (Cepea/Esalq), da USP. Ele foi cotado a R$ 50,26 a saca de 50 quilos do tipo cristal e teve alta de 0,52% no comparativo com a véspera.


Etanol

Os preços do etanol diário medidos pela Esalq/BVMF seguiram desvalorizados nesta segunda. Os negócios foram firmados em R$ 1.298,00 o metro cúbico do biocombustível, com baixa de 0,69%.

Patrícia Mendonça