Chuvas de fevereiro a abril deixam Bunge mais otimista com a safra
11-05-2015

Em reunião promovida pela Canaplan em Ribeirão Preto, no final de abril, o gerente de Planejamento Agrícola da Bunge, Rogério Augusto Bremm Soares, destacou o quanto as variações do clima influenciam a produção canavieira. Isso não é novidade para uma atividade agrícola, mas torna-se ainda mais importante quando se trata de uma companhia presente em diferentes regiões do país, com condições edafoclimáticas totalmente discrepantes. 

A Bunge tem 8 usinas em 4 estados diferentes: 1 usina em Tocantins, 3 em Minas Gerais, 3 em São Paulo e 1 no Mato Grosso do Sul. “A condição de diferença de clima é fato bastante particular entre as próprias usinas da companhia. Trabalhamos desde região fria e com geada, até região seca com altíssimo florescimento. São condições heterogêneas, mas temos que aprender a trabalhar com essa diversidade”, salienta. “Estamos extremamente dependentes do clima nessa situação”, acrescenta.
Em Tocantins, nesse início de ano até o mês de abril, choveu bem, assim como no Mato Grosso do Sul. “Também não tivemos geada no ano passado nessas regiões, o que favorece o volume de cana nesse ano.”
Porém, as canas em MG e SP sofreram com a seca do segundo semestre do ano passado até janeiro. Em Frutal, por exemplo, a média é de 1.600 mm e choveu 1.000 mm.
Em fevereiro, o Grupo fez sua primeira estimativa para a safra 2015/16. “Estávamos muito preocupados, principalmente em SP e MG, com o desenvolvimento do canavial, que estava bem abaixo do esperado.”
Mas as chuvas caíram a partir de fevereiro. “O tempo desmanchou.” A Bunge fez uma nova estimativa de safra em abril, já considerando o desenvolvimento do canavial decorrente a partir das chuvas que caíram entre fevereiro e abril. “A nossa estimativa foi mais otimista do que a anterior, mas tudo vai depender muito do que vai acontecer daqui pra frente”, afirma Soares.
Segundo ele, a companhia considera que a safra 2015/16 terá variáveis mais positivas caso tenha alguma chuva durante o ciclo, e considera um quadro um pouco pior caso não chova. “As canas do final de safra estão com desenvolvimento baixo, e se chover em maio, junho, alguma chuva em agosto, acreditamos que vai ter certa influência. Mas se não chover, o cenário é outro.”

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